Da redação do Conectado ao Poder
Paulo Gonet argumenta que as ações já foram julgadas na trama golpista de 2022, alegando que não há novas evidências.
O procurador-geral da República Paulo Gonet solicitou ao Supremo Tribunal Federal o arquivamento de um inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto. A solicitação é referente ao suposto uso indevido de recursos públicos durante atos de 7 de Setembro de 2022. A manifestação foi apresentada ao STF na quinta-feira, 2.
Na avaliação de Gonet, as condutas investigadas já foram analisadas no contexto do julgamento da trama golpista de 2022, onde tanto Bolsonaro quanto Braga Netto foram considerados líderes de uma organização criminosa que tentou anular o resultado das eleições. O procurador argumenta que a questão já foi esgotada e, portanto, não haveria necessidade de prosseguir com a investigação.
A investigação apurava se Bolsonaro usou sua posição como chefe de Estado e a estrutura administrativa para favorecer sua campanha eleitoral durante o evento. Havia indícios de que símbolos institucionais e recursos públicos foram utilizados de forma inadequada. Além disso, a representação indicava que tal comportamento ocorreu em manifestações em Brasília e no Rio de Janeiro.
Ambos ficaram inelegíveis por oito anos, decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Essa sob uma ação que envolveu a divulgação de informações falsas sobre o sistema eleitoral em reunião com embaixadores. Agora, cabe ao ministro André Mendonça, relator do caso, avaliar os argumentos apresentados e decidir se concorda ou não com os pedidos do procurador.
