PMDB enfrenta racha interno e não definiu de qual lado estará em 2016

20151220214436814131oDe acordo com pesquisa Datafolha divulgada no sábado, 58% dos entrevistados consideram que Temer faria uma administração igual ou pior à de Dilma.

Às vésperas do recesso parlamentar, o PMDB se prepara para entrar 2016 em meio a uma grave crise interna. A aproximação das investigações da Operação Lava-Jato a nomes expressivos do PMDB desgasta a imagem do partido e reforça o clima de divisão dentro da legenda. Além das denúncias de corrupção, a sigla enfrenta um impasse se apoia ou não o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que tem se refletido na disputa pela liderança da bancada na Câmara.

Para o analista político da Tendências Consultoria, Rafael Cortez, o mais provável é que a médio prazo permaneça a falta de coesão dentro da legenda. “As ações da Lava-Jato provocam uma desagregação que dificulta acordos políticos e aumentam a incerteza em relação ao poder de cada um”, afirma. Ele lembra que a iminência de novas denúncias reforça o clima de insegurança e dificulta o estabelecimento de uma posição consensual para definir uma estratégia única.

O envolvimento nos desvios de recursos da Petrobras tem manchado a imagem do partido com a população. “Toda esta onda de Lava-Jato tem prejudicado que o PMDB se construa como uma alternativa ao governo Dilma (no caso de impeachment)”, afirma Cortez. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada no sábado, 58% dos entrevistados consideram que Temer faria uma administração igual ou pior à da petista, caso assumisse o Planalto. Ainda há o fato de os brasileiros verem a legenda como sem ideologia, o que é uma dificuldade para emplacar um candidato próprio em 2018.

Fonte: Correio Braziliense

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