Por ‘sobrevivência’, Congresso empata a reforma política

20150309_DF03_CongressoFotoMarioTamaGettyImagesA Câmara dos Deputados deve começar a votar na próxima semana um pacote de mudanças nas leis eleitorais, para manter a chance de que as novas regras passem pela Casa e pelo Senado até outubro, a tempo de serem aplicadas já nas eleições do ano que vem. Resposta do parlamento às manifestações que tomaram as ruas de cidades brasileiras em junho de 2013, a reforma política está longe de ser consenso entre deputados e senadores e corre sério risco de fracassar ou ficar desfigurada durante o processo de votação.

A dificuldade para fechar a versão final do relatório da comissão especial da Câmara que discute o texto desde fevereiro é um sinal dos problemas que estão por vir. Apenas na última semana, o relator da proposta, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), mudou três vezes o artigo que trata da duração do mandato dos senadores. Primeiro dos atuais oito para cinco anos, como o previsto para os demais cargos, depois para dez anos e, finalmente, para cinco novamente.

Também contra sua vontade e pelo consenso, o deputado incluiu no texto a polêmica proposta do “distritão”.

Defendido pelos maiores partidos, como o PMDB, o “distritão” acaba com o coeficiente eleitoral, que permite que coligações com muitos votos transfiram parte desse capital a candidatos menos votados. Se ele for aprovado, os candidatos mais votados universalmente serão eleitos e ninguém, por mais votos que tenha, conseguirá ajudar a eleger outros aliados.

Segundo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a reforma  começa a ser votada dia 26.

Fonte: metrojornal.com.br

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