Da redação do Conectado ao Poder
Gestores municipais que assumem em janeiro enfrentam déficit público e bloqueio de verbas para atender demandas locais
Prefeitos eleitos para o mandato que inicia em janeiro de 2025 já sentem o peso da crise econômica e da indefinição sobre cortes de gastos no governo Lula. Com o déficit público alcançando R$ 22,4 bilhões em agosto, a preocupação é generalizada, e muitos gestores municipais temem não conseguir suprir as demandas da população devido à escassez de recursos e à inflação em alta.
O bloqueio das emendas parlamentares pelo Supremo Tribunal Federal (STF) piora o cenário, afetando a expectativa de reforço nos cofres municipais. Um dos novos prefeitos relatou que a situação das finanças preocupa: “Pelo que vi, o caixa está vazio, e o recurso que entrar será usado na folha de janeiro”. A falta de apoio externo cria incertezas especialmente para cidades com menos de 100 mil habitantes.
Entre as prioridades dos eleitos estão o diagnóstico da situação fiscal e a busca por alternativas para equilibrar o orçamento municipal. Prefeitos de capitais e cidades menores, preveem um início de mandato desafiador, com a necessidade de reorganizar finanças enquanto atendem às pressões por melhorias nos serviços.
Enquanto o governo federal ainda não define um plano de contenção de despesas, o impacto é sentido nos municípios. Com o dólar e o custo de vida em alta, os prefeitos terão de conciliar a falta de receita com as crescentes demandas, em um cenário que exige medidas rápidas e eficazes para preservar os serviços públicos essenciais.