Protagonismo em jogo: isenção do IR enfrenta disputa no Senado entre Calheiros e Lira

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Da redação do Conectado ao Poder

A aprovação da isenção do Imposto de Renda para renda até R$ 5 mil depende da resolução de divergências políticas antes do fim do ano.

A busca pela isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil ganhou destaque no Senado, onde deve enfrentar uma disputa entre os senadores Renan Calheiros e Arthur Lira. O projeto, que foi aprovado por unanimidade na Câmara, precisa ser votado até o fim do ano para que possa valer em 2026.

A disputa pelo protagonismo da pauta é um dos principais obstáculos para a sua aprovação. Renan Calheiros, que preside a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e pode ser o relator do projeto, tem rivalidade com Lira, que relatou o texto na Câmara. A troca de provocações entre eles tem intensificado a tensão política. Recentemente, Calheiros conseguiu aprovar um texto idêntico ao do rival em sua comissão.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, aponta que o Senado pressionou para que a pauta avançasse e, ao mesmo tempo, tem negado que sua Casa tenha atrasado a discussão. Ele ressaltou que a votação foi parte de um cronograma estabelecido.

No contexto da votação, questões sobre a compensação da isenção e a proposta de impostos para os mais ricos estão no centro da discussão. O projeto prevê um imposto de 10% sobre rendimentos anuais acima de R$ 1,2 milhão e a taxação de lucros e dividendos, que hoje são isentos, o que gerou resistência entre empresários e deputados da oposição.

A aprovação da isenção do Imposto de Renda é uma demanda popular significativa. Para que o projeto siga adiante, senadores da base governista expressam a expectativa de uma votação rápida no Senado, talvez até novembro, reforçando a urgência de atender às necessidades da população em relação à cobrança de impostos.

Os principais pontos que estão em discussão incluem: a isenção total para quem ganha até R$ 5 mil, descontos progressivos para ganhos de até R$ 7.350, e a criação de repasses de recursos a municípios para compensar eventuais perdas de receitas.

Após a votação na Câmara, o próximo passo é analisar o texto no Senado. Se houver alterações, o projeto retornará à Câmara para nova avaliação. A contagem do tempo é crucial, já que se não for aprovado e sancionado até dezembro, não entrará em vigor em 2026.

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