PT avisa a Eduardo Cunha: depois de Dilma, é a ele que as oposições vão derrubar

pt-avisa-a-eduardo-cunha-depois-de-dilma-e-a-ele-que-as-oposicoes-vao-derrubarComo na guerra entre ACM e Jader Barbalho, agora pode ser a vez de o PT e o PMDB se derrotarem mutuamente.

O PT e o governo pretendem incutir uma dúvida na cabeça do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), sobre o cumprimento de sua promessa de dar andamento, nesta semana, aos pedidos de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, especialmente no pedido chancelado pelo ex-deputado petista Hélio Bicudo.

Trata-se do fantasma da guerra entre os ex-presidentes do Senado Antônio Carlos Magalhães (PFL/BA) e Jader Barbalho (PMDB/PA), durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.

Emissários petistas vão lembrar a Cunha de quando ACM tentou se apossar do governo FHC. Jader – então o maior cacique do PMDB no Congresso – liderou o movimento de resistência.

Os dois pesos pesados da política se envolveram numa guerra na qual ACM foi o primeiro derrotado, por ter cometido o erro de romper o sigilo do painel de votações do Senado na votação da cassação do mandato do ex-senador Luiz Estevão (PMDB/DF).

Denunciado pela imprensa em março de 2001, o poderosíssimo senador pefelista teve que renunciar ao mandato, em sessão presidida pelo arqui-inimigo Jader Barbalho.

Mas, cinco meses depois, foi a vez de o próprio Jader renunciar, sob a acusação de desvio de recursos do Banco do Estado do Pará (Banpará).

O PSDB, então no poder e a maior força política do país, assistiu à guerra de camarote.

Hoje, o PSDB tem tanto interesse na guerra entre Cunha e Dilma quanto teve na guerra entre Jader e ACM, lembram os petistas.

Terceiro na linha de sucessão, Cunha pode assumir a presidência da República em caso de impeachment de Dilma, se houver algum impedimento com o vice, Michel Temer (PMDB). E o vice também está ameaçado pelo processo que corre no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a chapa PT-PMDB.

De fato, numa de suas conversas com ex-presidente Fernando Henrique, o senador e principal candidato do PSDB à sucessão de Dilma, Aécio Neves (MG), deixou claro que não pretende passar o poder ao PMDB: “Não dá para deixar essa turma do PMDB assumir o governo”.

Tanto que, no sábado (10), os partidos de oposição liderados pelo PSDB já pediram o afastamento de Cunha da presidência da Câmara.

Dirão os petistas ao Cunha: vai-se Dilma, depois Cunha e, talvez, Michel Temer. No final, talvez se pegue o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo filho já está sendo envolvido na Operação Lava-Jato. Vamos nós todos…

Fonte: Fato Online

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