Da redação do Conectado ao Poder
Após um crescimento inicial em 2020, partido segue longe do auge dos tempos de Lula e Dilma, e enfrenta desafios internos
O Partido dos Trabalhadores (PT), que já foi um dos principais protagonistas da política municipal brasileira, vive uma fase de declínio eleitoral que preocupa a sigla. Desde o auge nas eleições de 2012, quando conquistou 637 prefeituras, o partido enfrenta sucessivas quedas. Em 2020, o PT conseguiu eleger 183 prefeitos, e neste ano, embora tenha registrado crescimento para 252 prefeituras, ainda permanece distante dos anos de maior força.
Lideranças do partido, como a presidente Gleisi Hoffmann, mantêm um discurso otimista, apontando a recuperação como um sinal positivo de confiança renovada no PT. Entretanto, o cenário revela um quadro de dificuldades. Na maior parte dos municípios, o partido enfrentou derrotas, mesmo em redutos tradicionais, como Mauá e Pelotas, locais onde o PT costumava ter forte presença.
Além da perda de protagonismo municipal, o PT lida com desafios internos, como fissuras na sua base de apoio, e enfrenta resistências populares devido a escândalos de corrupção que marcaram parte de sua trajetória recente. Tais problemas têm dificultado uma recuperação mais expressiva, mesmo com o esforço da legenda em retomar espaço na política local.
Analistas apontam que o desgaste do partido é fruto de uma combinação de fatores, incluindo crises de imagem e dificuldades de adaptação a novas demandas da sociedade. Diante desse cenário, o PT enfrenta o desafio de modernizar sua abordagem e reconquistar a confiança do eleitorado, buscando uma reconexão com sua base e ampliando sua atuação nas prefeituras.