Reação da oposição acelera discussão sobre anistia a Bolsonaro

- Publicidade -

Da redação do Conectado ao Poder

Após decisão de Moraes, líderes de partidos de direita articulam para antecipar votação sobre anistia a Bolsonaro.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, de manter Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, reacendeu a discussão sobre a possibilidade de uma anistia ao ex-presidente. Desde a manhã desta segunda-feira, líderes de partidos de direita no Congresso intensificaram seus esforços para antecipar a votação do projeto de anistia, que é relatado por Paulinho da Força, do Solidariedade-SP.

A ação de Moraes foi interpretada por parlamentares como um endurecimento em relação a Bolsonaro, alimentando a urgência na reação política. Logo após a decisão, uma reunião foi convocada no apartamento funcional do líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), onde foram alinhados os discursos e os próximos passos a serem seguidos pela oposição.

Nos bastidores, há uma crescente preocupação com a possibilidade de que Bolsonaro seja transferido para um regime fechado em breve. O deputado Maurício Marcon (Podemos-RS) expressou a indignação de muitos ao afirmar: “Querem colocar ele em um presídio para matá-lo”. O clima de tensão é palpável entre os aliados do ex-presidente, que se veem numa corrida contra o tempo para defender sua liberdade.

O ministro Moraes manteve todas as restrições impostas a Bolsonaro, incluindo a proibição de uso de celular e redes sociais, com a justificativa de garantir o cumprimento da lei e evitar riscos de fuga. Essa postura reforçou a expectativa de que a execução da pena relacionada às tentativas de golpe de Estado possa ser iniciada no início de novembro, aumentando as pressões por uma anistia.

A discussão sobre a anistia se transformou em uma importante pauta no Congresso, com a oposição buscando aprovar um texto que não apenas inclua os condenados e investigados pelos atos de 8 de janeiro, mas que também proteja Bolsonaro de possíveis condenações futuras. Em contrapartida, o texto proposto por Paulinho da Força tem um alcance mais restrito e visa excluir figuras que agiram de maneira consciente para atacar as instituições.

As divergências de estratégia entre os blocos são evidentes. Enquanto o PL, o Novo e os Progressistas defendem uma anistia total, Paulinho trabalha em uma versão que busca compromissos que possam ser aceitos pelo centro político, com menos resistência do Supremo Tribunal Federal. Um parlamentar comentou de forma irônica que “o texto é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes. Todo mundo sabe disso”, referindo-se ao delicado equilíbrio entre as partes envolvidas nessas negociações.

Bolsonaro, lembrado como uma figura central dos eventos de 8 de janeiro, ao incitar e mentorizar ações que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, enfrenta agora uma defesa que luta para mitigar as consequências legais de suas ações.

- Publicidade -

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui