Por Sandro Gianelli
Reforma eleitoral
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma eleitoral. A expectativa de se aprovar o distritão caiu por terra. O que muda de verdade é que o que antes podia e agora não, vai voltar a poder, se é que fui claro. Em resumo, teremos eleições com o retorno das coligações proporcionais. Na prática, os partidos poderão se unir em coligações e somar os votos para eleger seus deputados distritais, estaduais e federais.
Novas fases
A proposta ainda precisa ser aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados, depois segue para o Senado, onde precisa ser alterada em dois turnos. Se tudo ocorrer até o início de outubro, as alterações valerão para as eleições de 2022.
Xô Distritão
Em votação de destaques, o mal-assombrado distritão foi retirado do texto por 423 votos a 35. Sabe como é? Se aprovado, os parlamentares seriam escolhidos pelos mais votados, na prática, a maioria dos deputados federais que votaram contra o distritão provalvemente não seriam reeleitos. Para que aprovar, não é mesmo? Jeitinho brasileiro que fala!
Posse alterada
Um dos pontos da reforma eleitoral aprovada em primeiro turno é a mudança da data de posse de governador e presidente para os dias 5 e 6 de janeiro. Essa é interessante, pois ninguém merecia perder o Réveillon para acordar cedo e tomar posse. Né não? E pior, governadores tinham que tomar posse e correr para a posse do presidente, aqui em Brasília. Correria!
Dois pesos, duas medidas
Os deputados querem que o peso de votos em mulheres e negros para cálculo do fundo partidário seja maior. Nessa pegaram pesado. Voto é voto e cada um só tem um. Sem penduricalhos.
Sem pegadinha
Essa é boa. Os parlamentares querem que haja a proibição da realização de eleições nas vésperas de feriados nacionais. Em Brasília tivemos um segundo turno assim. Juntou um feriadão e dizem que os funcionários públicos viajaram. Muito voto fora e muito voto dentro. Deu ruim para um dos lados. Dizem ser desculpa de perdedor, mas faz sentido. Mandaram bem nessa. Se tem feriado, partiu feriado.
PL de iniciativa popular
Essa já é perda de tempo. Querem a diminuição do número de assinaturas para apresentação de projeto de lei de iniciativa popular. Tem muito projeto de lei parado no Congresso, que mesmo não sendo de iniciativa popular, não entra em pauta. O que quero dizer? Quero dizer que com diminuição ou não, só entra em pauta o que eles querem.
Voto impresso
A maioria dos deputados federais da bancada do DF votaram a favor do voto impresso auditável. Bia Kicis, Celina Leão, Júlio Cesar e Paula Belmonte foram favoráveis. Erika Kokay, Israel Batista e Luis Miranda foram contrários. Laerte Bessa se absteve. Provavelmente ele votaria não, mas como é suplente preferiu não correr o risco.
Situação x Oposição
A bancada do DF se dividiu como esperado, de um lado a situação e do outro a oposição, novidade para Luis Miranda, que pelo visto vai se manter na oposição. Lembrando que na campanha Miranda pediu voto para Bolsonaro. Tudo bem, ele tem seus motivos.
Avenida da Misericórdia
O governador Ibaneis estará em Vicente Pires, na sexta-feira, dia 20/8, para uma série de inaugurações na cidade. Uma delas é a ponte que liga a Rua 04 até a Avenida da Misericórdia. Outra obra é um jardim que fica em frente a administração, a novidade é que o jardim foi realizado com pouco dinheiro público e bastante ajuda dos empresários da cidade e doações.
Mais obras
Não acabou não, tem a inauguração de um PEC (Ponto de Encontro Comunitário), na Rua 04. Haverá também uma visita para fiscalizar o andamento das obras de infraestrutura na Rua 12 e também na Rua 03, da Colônia Agrícola Samambaia. Que nem diz um influenciador digital da atualidade: Diacho! (de tanta obra, claro!).
Fora de risco
Quem vem se recuperando bem do tratamento contra a Covid-19 é o deputado distrital Guarda Janio. Internado na UTI, há mais de 15 dias, ele vem reagindo bem ao tratamento. Janio chegou a ficar intubado por 3 dias. Hoje faz fisioterapia e em breve deverá voltar as atividades normais. Fica o alerta, Janio é militar da reserva, ativo, não fumante e mesmo assim passou maus bocados. Com Covid não se brinca, né? E que venham mais vacinas.
* Sandro Gianelli é consultor em marketing político, jornalista e radialista. Escreve a Coluna do Gianelli no Portal Conectado ao Poder.