Por Sandro Gianelli
A decisão do Republicanos em lançar a ministra Damares Alves ao Senado coloca em rota de colisão a base Bolsonarista. Lembrando que a eleição para o senado não tem segundo turno. A manutenção das duas candidaturas só traz benefícios para candidaturas opositoras ao Bolsonarismo no Distrito Federal. Sabemos que até o registro das candidaturas ainda teremos muitas rodadas de negociações e que pouco do que está definido, se manterá até lá, mas por hora, o que temos é um racha nos votos entre os Bolsonaristas. Flávia ainda tem o apoio dos Arrudistas, que não é pequeno no DF e quanto mais candidatos ao Senador tiver, pior ficará, pois, a disputa passará a ser por pouquíssimos votos de diferença.
Na bronca I
O deputado distrital José Gomes (Progressistas) não gostou da reação de alguns deputados que criticaram o Projeto de Lei (PL) n.º 2.354/2021, de sua autoria.
Na bronca II
O PL tem por objetivo declarar o parque ecológico Ermida Dom Bosco como o local que tem o “Pôr do sol mais bonito do Distrito Federal”. Alguns parlamentares riram da iniciativa.
Potencial turístico
José Gomes defende, que se aprovado, a iniciativa terá o potencial de atrair um relevante interesse de empresários, trabalhadores, admiradores, artistas e investidores para o DF, principalmente, sob o aspecto turístico e cultural.
Patrimônio do DF I
Para o parlamentar, a ideia é agregar valor ao DF. E relembra que o Parque Ecológico Ermida Dom Bosco foi projetado por Oscar Niemeyer e inaugurado em 1957.
Patrimônio do DF II
Por fim, o parlamentar diz que “o local é de enorme referência arquitetônica, com paisagismo natural e bela vista do Lago Paranoá, o que mensalmente atrai milhares de pessoas para apreciar seu pôr do sol”.
Curtas
Frase – “Entre Bolsonaro e Lula, devo caminhar com Bolsonaro”, Ibaneis Rocha.
Treta – A Seap-DF informou ao STF que a tornozeleira eletrônica do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) está descarregada desde 17 de abril.
Nova diretora – A Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Câmara Legislativa aprovou a indicação da advogada Mariela de Jesus para presidir o Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (IGES-DF).
Contagem regressiva – Faltam 157 dias para o primeiro turno das eleições de 2022.
ENTREVISTA
Fernando Dopazo (Argentina)
Consultor em Marketing Político
O que não pode faltar num planejamento de campanha?
Me limitaria a três elementos fundamentais. O primeiro, obviamente, é a pesquisa. Conhecer, de forma científica, o estado de humor social, as forças e fraquezas de cada um dos atores em disputa, considerando que a partir desse diagnóstico, que surge das pesquisas, estão as condições para elaborar uma estratégia. Uma estratégia que vá orientada nos outros dois elementos essenciais. Pois, para fora, em direção ao eleitorado, é preciso marcar claramente uma estratégia que te permita definir e fixar, durante todo o período de campanha eleitoral, os termos de debate diferenciadores. Ou seja, propor uma agenda que te permita fazer um contraste entre o candidato e seus concorrentes.
E, da porta para dentro, no lado interno da campanha, realizar um planejamento da administração, seja a administração de recursos humanos, a administração do dinheiro (pensando mais em uma lógica de investimentos, e não de gastos), e administração do tempo, de modo que implique necessariamente em um forte e disciplinado exercício de organização, de modo a manter a coerência e a consistência das mensagens, tanto no que pode ser expressado por porta-vozes ou por outros atores e elementos comunicacionais presentes na campanha eleitoral.
O que é mais importante: análise swot ou entrevista diamante?
Creio que às duas são aproximações para poder entender a realidade em qualquer campanha eleitoral. Pelo menos nas que eu participei em processos de pesquisa e diagnóstico, se aplicam ambas, junto a outras ferramentas também, como pesquisas de opinião pública, grupos focais, e, recentemente, estudos ou análises de antropologia digital. E tudo isso vai permitindo gerar elementos para a tomada de decisões, principalmente para o desenvolvimento da planificação estratégica da campanha. Então, eu não ficaria apenas com uma ou outra, mas sim com ambas, pois se complementam, até mesmo porque na análise swot surgem vários elementos que podem ser usados na entrevista diamante.
Qual é a expectativa para o Fórum Internacional de Comunicação Política?
Uma grande expectativa poder participar de um fórum em um lugar tão importante para a América Latina como é Brasília. Pois, neste tipo de evento é possível fazer um intercâmbio de experiências e pontos de vista sobre o mundo da comunicação e do marketing político com os consultores colegas. E, também, há a possibilidade de trocar experiência com o público formado por políticos, estudantes, membros de campanhas eleitorais, público, esse, com o qual nos toca, como consultores políticos, nos relacionar no dia a dia do nosso trabalho.
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*Sandro Gianelli é consultor em marketing político, jornalista, colunista e radialista. Escreve a Coluna do Gianelli, de segunda a sexta, para o portal Conectado ao Poder e para o Jornal Alô Brasília e apresenta um programa de entrevistas, aos domingos, das 9h às 11h, na rádio Metrópoles – 104,1 FM.
O povo não gosta de trairagem e deve punir isso aí..essa armação pode resultar em prejuízo tanto para a Arruda como para a Ministra….tava tudo indo bem com a Arruda indo para o Senado… não entendi essa armação aí …