A defesa do ajuste fiscal que ameaça o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) colocou Ricardo Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, no centro de uma intensa controvérsia. Capelli, apontado como pré-candidato de Rodrigo Rollemberg ao governo do DF, tem se tornado alvo de críticas e memes nas redes sociais, enquanto sindicatos, associações de classe e organizações da sociedade civil se mobilizam contra a proposta do governo Lula que reduz os recursos destinados à segurança, saúde e educação da capital federal.
Capelli e a defesa do ajuste fiscal
Ricardo Capelli tem assumido uma postura pública em defesa do ajuste fiscal, que inclui mudanças no FCDF. O fundo, criado pela Constituição de 1988, é considerado essencial para financiar serviços estratégicos no Distrito Federal, como o funcionamento das polícias, do Corpo de Bombeiros, além de áreas como saúde e educação.
A posição de Capelli gerou indignação entre setores da sociedade civil, que o acusam de ser o “porta-voz do desmonte” do fundo. A situação é agravada por sua proximidade política com Rollemberg, ex-governador do DF, e por sua possível pré-candidatura ao governo do Distrito Federal.
“Ricardo Capelli escolheu ficar contra os interesses da população do DF, defendendo uma medida que ataca diretamente a qualidade de vida dos moradores da capital”, afirmou um representante sindical.
Memes e campanhas nas redes
A indignação contra Capelli se reflete na internet, onde seu nome virou meme. Um vídeo explicativo que circula nas redes sociais busca desconstruir os argumentos apresentados por ele e pelo governo federal. Com ironia e críticas diretas, a peça acusa Capelli de “ignorar os impactos sociais devastadores” da medida, que, segundo especialistas, pode comprometer áreas fundamentais para o bem-estar dos cidadãos do DF.
Sociedade civil se articula para resistir
Sindicatos e associações de classe têm intensificado ações judiciais e campanhas de conscientização para barrar a proposta. Segundo os organizadores, a redução do fundo não é apenas uma questão local, mas afeta a autonomia administrativa e financeira de Brasília, com reflexos para todo o país.
“Capelli se tornou o rosto de um projeto que coloca em risco o futuro do Distrito Federal. Não podemos permitir que interesses políticos sejam colocados acima das necessidades da população”, declarou um dos líderes do movimento.
“Essa não é uma luta partidária, mas pela preservação de direitos constitucionais e serviços essenciais. E Capelli escolheu o lado errado da história”, concluiu um ativista.