Uma grande expectativa tomava conta da ansiedade de boa parte dos seres políticos da capital federal. Antes de assumir o mandato, muitas críticas e previsões negativas já cercavam o futuro de curto prazo de Rollemberg e Renato Santana.
Sabia-se desde após a eleição, que o Distrito Federal estava imergido em uma crise financeiramente profunda. A equipe de transição de modo constante afirmava ter um déficit de 3,5 bilhões de reais, o que dificultaria honrar os compromissos logo no início da gestão.
Empossados e com grande dificuldade para formação da equipe de governo, Rollemberg e Renato Santana se depararam com o caos real de toda estrutura do GDF. Cidades abandonadas pelo poder público e servidores públicos com vontade de contribuir para o resgate das estruturas.
Diversas áreas prioritárias sofrem por falta de recursos financeiros, afetando diretamente o cidadão brasiliense, saúde e educação por exemplo. Como previa-se, instituições organizadas, outrora inertes na gestão Agnelo, agora firmam os pés nas portas do Buriti para cobrar os pagamentos, como se o caos fosse causado pela nova gestão. Essas manifestações são absolutamente legais, mas demonstram falta de sensibilidade com os primeiros 15 dias de governo.
O trabalhador cumpre seu papel e quer receber na data certa. O aluno precisa estudar para ter um futuro de dignidade, mas sem professor dificilmente atingirá seus objetivos. O doente precisa de tratamento correto sob pena de morrer se não tiver uma orientação médica. E como o estado avança, se não tem dinheiro para honrar seus compromissos?
Essa história de pacto pelo DF não deveria ser levada como uma simples retórica de governo, mas praticada e inserida dentro do sentimento de cada cidadão, trabalhador terceirizado e público. Toda tempestade passa e se essa não passar, daqui quatro anos o povo sentencia nas urnas.
Por Esdras Messias
Politicando DF