A pré-candidata ao Governo do Distrito Federal pelo PROS, Eliana Pedrosa, concedeu entrevista para a Associação dos Blogueiros de Política do Distrito Federal e Entorno (ABBP). Eliana foi deputada distrital por três mandatos e hoje e primeira suplente de deputado federal. A Coluna On´s e Off´s trouxe um resumo das declarações.
Sabatina ABBP
A ABBP ouvirá todos os pré-candidatos ao Governo do Distrito Federal e realizará um debate durante as eleições com os candidatos que viabilizarem suas candidaturas rumo o Palácio do Buriti.
Imparcialidade
O projeto Sabatina ABBP está em sua 36ª edição. Durante os três anos do projeto, a ABBP agiu de forma imparcial ouvindo políticos da oposição, situação e de diversos partidos políticos, independente da ideologia.
Família
Eliana se emocionou durante a Sabatina ao relembrar um problema de saúde de um dos filhos. Nitidamente abalada, saiu de cena a política e entrou a mãe. Eliana chegou a ser desacreditada de que um de seus filhos se recuperaria de um problema de saúde. A saúde do filho foi o motivo para que ela viesse morar no DF.
Alianças partidárias
“Nenhum partido está fechado com ninguém. Até as convenções tudo pode ser mudado. Principalmente porque as alianças nacionais não estão bem estabelecidas. Aqui no DF, o PDT ensaiou apoiar o Jofran Frejat (PR) e em seguida foi obrigado a tirar o pé do acelerador. Podemos ter grandes surpresas por aí”.
Dobradinha com Alírio
“Hoje tenho o apoio do meu partido, do PMN e do PTC e tenho mantido uma articulação muito próxima com outros 7 partidos. Eu e Alírio Neto (PTB) temos conversado na tentativa de formarmos uma aliança. Acredito que teremos novidades entre o fim de junho e o início de julho em relação ao apoio de muitos partidos”.
Segurança
“O nível de insatisfação da Polícia Civil e da Política Militar com os últimos governos é muito alto. Se eu chegar ao governo vamos trazer a paridade da Polícia Civil. Por um motivo simples: direito adquirido não se tira. Durante a pré-campanha quero ouvir todas as forças de segurança do DF antes de apresentar meu programa de governo”.
Defasagem salarial
“Não quero ser uma candidata que irá prometer o que não poderá entregar. Vou agir de forma franca. Entendo que uma das grandes insatisfações das categorias de segurança pública é a defasagem salarial”.
Interferência política
“Quando o deputado distrital Fábio Barcelos foi eleito presidente da Câmara Legislativa ele fez de tudo para indicar o diretor da Polícia Civil, mas o governador Joaquim Roriz não permitiu. Após a gestão do Roriz os demais governadores cederam essa indicação e começou os grupos internos e divididos que hoje encontramos dentro das corporações. O poder saiu de dentro das corporações e aceitou a influência dos parlamentares”.
Terceirização
“Sou a favor da terceirização de equipamentos na área de saúde. Hoje, até as empresas terceirizam equipamentos e se as empresas que tem mais facilidade em fazer compras já estão terceirizando equipamentos, porque o estado não pode? Junto com os novos equipamentos terceirizados eu quero que venham profissionais capacitados”.
Cirurgias
“O DF é a unidade da federação que tem o maior tempo de espera nas cirurgias eletivas. A população do DF está saindo daqui e indo para outros estados em busca de cirurgias mais rápidas. Faremos os remanejamentos necessários para que as unidades de saúde tenham a funcionabilidade garantida. Quero que hajam exames rápidos e precisos”.
Despesas
“Temos que estimular o paciente para ir direto para a UPA. As despesas com os pacientes das UPA’s são divididas com o Governo Federal. O que garante um alívio para os caixas do DF. Já os pacientes atendidos nos hospitais são custeados 100% pelo DF”.
Representação feminina
“Sempre defendi o equilíbrio. Sou uma grande admiradora do Mandela. Mandela dividiu todos os cargos de seu governo entre homens e mulheres. 50% para cada. Espero encontrar muitas mulheres dispostas a pleitearem cargos públicos e que apresentem currículos para ocupar posições específicas no Estado”.
Presidência da CLDF
“Trabalhei para ser presidente da CLDF, mas o governador Arruda desarticulou. O Paulo Octavio tinha a indicação da secretaria de desenvolvimento social e me indicou. Comecei cuidando dos servidores, do cuidador. Isso para que eles tivessem o apoio necessário para realizar um bom serviço e as pessoas fossem bem atendidas”.
Empresa x Política
“Na minha primeira eleição, minha família e os amigos da empresa dos meus pais me deram mais de 11 mil votos. Na época eu só era conhecida por amigos e parentes. Na minha segunda eleição os votos ampliaram porque tive a oportunidade de mostrar o meu trabalho e esse trabalho foi reconhecido por mais pessoas”.
Esperança
“A população precisa que a pessoa que nos comande nos dê esperança. Temos que fazer uma onda da mudança. Temos que ser movidos por ideais, objetivos e coisas em que você acredite. Se eu for eleita governadora minha agenda política será uma agenda social”.
Plano B
“Questionada se poderia mudar de ideia, até as convenções partidárias, e pleitear a disputa de outro cargo, Eliana foi taxativa: “Se um candidato tiver um Plano B ele já perdeu a eleição. O Plano B só pode ser aceitável se ele for um incidente na carreira de um político”.
Administração regional
“As administrações regionais são apenas ouvidorias. O poder de resolver dos administradores é muito pequeno. O que tem que ser feito é mudar a forma das administrações funcionarem”.
Iluminação
“A relação entre a segurança e iluminação pública é muito próxima. Temos que olhar o DF como um todo e iniciar um trabalho de fora para dentro. Reforçando a iluminação pública e diminuindo a ação dos marginais”.
* A Coluna é escrita por Sandro Gianelli e publicada de segunda a sexta no Portal Conectado ao Poder, no Jornal Alô Brasília e no Portal Alô Brasília.