Partidos terão que mostrar se nomeação de seus novos ministros fortaleceu o governo o suficiente para manter vetos da presidente Dilma Rousseff a projetos que causariam um rombo de R$ 52 bilhões ao Tesouro nos próximos quatro anos.
Passado o anúncio da reforma ministerial, a semana reserva para a presidente Dilma Rousseff os primeiros testes de eficácia da nova composição do primeiro escalão.
Os três vetos presidenciais que estão na pauta, sozinhos, são capazes de custar R$ 52,7 bilhões aos cofres públicos nos próximos quatro anos.
São eles: o veto da presidente ao projeto de reajuste dos salários do Judiciário em até 78,56%, o veto à extensão do reajuste do salário mínimo a todos os benefícios da Previdência e o veto à dedução no Imposto de Renda dos gastos dos professores com livros.
O PDT, por exemplo, votou quase unanimemente a favor desses projetos. Agora, o líder do partido na Câmara, André Figueiredo (CE), tornou-se ministro das Comunicações.
O partido vai assumir que é governo?
Mas o resultado mesmo vai depender em boa parte do PMDB. O partido está agora com sete ministérios de peso. Alguns, como o da Saúde, de muito peso. Desde o governo do ex-presidente José Sarney, que era do PMDB, não se viam tantos peemedebistas no primeiro escalão.
Mas já circula um manifesto assinado por um terço da bancada na Câmara contra o acordo com o governo.
Conseguirá o líder Leonardo Picciani garantir os outros dois terços de votos a favor da manutenção dos vetos, ou continuará entregando ao governo somente cerca de metade dos votos da bancada?
Esses e outros capítulos da novela serão revelados nas próximas terça-feira (6) e quarta-feira (7).
Fonte: Fato Online