Ter sido interventor do DF é o suficiente para Ricardo Capelli se candidatar no DF?

Da redação do Conectado ao Poder

Interventor de segurança no 8 de janeiro, Capelli é aposta do PSB para 2026, mas enfrenta resistência entre eleitores

O presidente do PSB lançou nesta semana a pré-candidatura de Ricardo Capelli ao governo do Distrito Federal para as eleições de 2026. Conhecido por seu papel como interventor de segurança após os ataques de 8 de janeiro de 2023, Capelli foi convocado à época para liderar a resposta à crise, enquanto o governador Ibaneis Rocha estava afastado. Contudo, a indicação do nome de Capelli para disputar o governo do DF já encontra resistência na população.

A trajetória do PSB no Distrito Federal, embora marcada por algumas vitórias, carrega desafios. O partido elegeu Rodrigo Rollemberg como governador em 2014, mas ele não conseguiu se reeleger, o que foi interpretado por muitos como um reflexo da insatisfação popular com sua gestão. Nas eleições de 2022, o PSB não conquistou nenhuma cadeira federal pelo DF, evidenciando a dificuldade de manter relevância na política local. Agora, com Capelli como pré-candidato, o PSB tenta reconquistar espaço, embora ele ainda seja visto por muitos apenas como “o interventor do 8 de janeiro”.

A nomeação de Capelli também levanta questões sobre a popularidade de Ibaneis Rocha, atual governador, que é o único na história do DF a ser reeleito no primeiro turno, consolidando uma base de apoio expressiva. Para parte da população, a intervenção federal na segurança do DF em janeiro de 2023 foi um movimento precipitado, gerando críticas ao afastamento de Ibaneis logo no início de seu segundo mandato. Essa percepção desfavorável em relação à intervenção federal pode complicar a aceitação de Capelli como candidato viável ao governo.

Além disso, analistas políticos apontam que Capelli pode enfrentar dificuldades para conquistar o eleitorado brasiliense, que tende a preferir candidatos com histórico e vínculos locais mais sólidos. Há quem veja na candidatura uma tentativa de Capelli de construir visibilidade política para outras disputas, como para cargos legislativos ou no Senado, caso a campanha para governador não decole.

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