Deputado peemedebista, último a ser escolhido, lembra que Agnelo foi quem nomeou secretários.
Os blocos partidários da Câmara Legislativa definiram, ontem, os cinco representantes que farão parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará possíveis irregularidades na licitação do sistema de transporte.
Último nome a ser anunciado, Rafael Prudente (PMDB) garante que não defenderá o governo e responsabilizou o ex-governador Agnelo Queiroz pelas nomeações na pasta do Transporte e DFTrans.
Além de Prudente, foram indicados Raimundo Ribeiro (PSDB), candidato à relatoria da comissão, Sandra Faraj (PSD), Ricardo Vale (PT) e Bispo Renato Andrade (PR), provável presidente. A publicação dos nomes, assim como a data para as eleições para os cargos da CPI, será realizada ainda hoje no Diário da Câmara Legislativa (DCL).
Apesar do PMDB ter feito parte do governo passado, com o vice-governador Tadeu Filippelli e outros nomes, Rafael Prudente não vê responsabilidade nas possíveis irregularidades sobre sua legenda.
Quem nomeou
“Quem nomeou o antigo secretário não foi o PMDB. Foi o governador Agnelo Queiroz”, declara Prudente. Peemedebista, Rafael Prudente destacou que a legenda quer posição de destaque na comissão. Para Rafael a discussão por posições dentro da CPI do Transporte não deve ser demorada.
“O PMDB é grande, então, assim que forem publicados os nomes, vamos conversar com os demais integrantes e decidir o que for melhor”, afirma o distrital, que diz não sentir pressões por fazer parte da comissão: “Estou tranquilo por não ter feito parte do governo passado ou de qualquer outro antes desse”.
A reunião para a definição dos cargos na CPI deve ocorrer hoje, mas ainda sem horário marcado.
Consenso ao definir cargos
Para a escolha presidente e a escolha do relator da CPI do Transporte, o tucano Raimundo Ribeiro acredita que será necessário chegar a um consenso, para que os trabalhos possam dar resultados. “Precisamos, entre os indicados, construir a unanimidade para definir cada um dos cargos. A CPI não deve servir para disputas político-partidárias. Temos que investigar se houve ou não equívocos na licitação do transporte, para apresentar sugestões que melhorem o sistema para a população”, declara Ribeiro.
Apesar de querer buscar consenso com os colegas, Raimundo Ribeiro não desistiu de disputar a relatoria, que é indicada pelo presidente eleito pela comissão.
Manter a tradição
“A relatoria tradicionalmente é dada ao autor do pedido de CPI. Quero crer que a Câmara Legislativa vai dar o exemplo e continuar essa tradição unanimimente”, acredita o tucano.
Deputado de primeiro mandato, Ricardo Vale será o representante do PT na CPI do Transporte e avisou, que não fará a defesa nomes do antigo governo que possam estar envolvidos em possíveis irregularidades. “O governo era formado por 16 partidos e comandado pelo governo do PT, mas eu não tenho problema algum em investigar um governo, mesmo que seja do PT”, afirma Ricerdo Vale.
O petista proporá que, antes mesmo de se iniciarem as convocações de investigados e testemunhas, a presidência, que for eleita, apresente um plano de trabalho, para analisar documentos já elaborados pela Justiça e do Ministério Público do Distrito Federal.
Fonte: jornaldebrasilia.com.br