Toninho do PSOL na disputa ao GDF

Toninho AndradeEm dia de convenções, PCdoB e PV confirmam apoio à reeleição de Agnelo Queiroz. PDT aprova aliança com PSB de Rollemberg, tendo Reguffe como candidato ao Senado, e PSol, PSTU e PCB fecham coligação na corrida ao Buriti.

Em aliança de extrema-esquerda, Toninho, que teve quase 200 mil votos em 2010, mais uma vez será candidato ao GDF, com discurso contra a Copa.

A duas semanas da data final do registro das candidaturas, mais cinco partidos (PSol, PSTU, PDT, PCdoB e PV) definiram ontem, em convenções, seus rumos nas eleições deste ano no Distrito Federal. O PSol anunciou Antônio Carlos de Andrade, o Toninho, como seu candidato ao governo, assim como definiu os nomes para vice e senador. Também foi fechado acordo com o PSTU e o PCB em coligação para a eleição de Toninho. Já o PDT confirmou o nome de José Antônio Reguffe para o Senado e chancelou a aliança com o PSB, de Rodrigo Rollemberg. O grupo ainda está com uma vaga aberta na chapa majoritária — a de vice — para negociar. Por sua vez, o PCdoB e PV fecharam apoio à tentativa de reeleição do governador Agnelo Queiroz (PT).

O evento do PSol foi realizado pela manhã na Associação Comercial do DF, no Setor Comercial Sul. Menos de 500 pessoas participaram da convenção distrital. “Representamos a única candidatura de oposição e de esquerda de fato. Os demais grupos ou já estiveram no poder ou têm algum tipo de ligação, basta olhar a composição do atual governo. Temos coerência e acreditamos na possibilidade de vencer. Vamos mostrar tudo o que já foi feito de negativo e ainda está errado no DF”, disse Toninho do PSol. Na convenção, o partido criticou a realização da Copa do Mundo no país.

Nas eleições passadas, Toninho ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com pouco mais de 14% dos votos válidos, atrás de Agnelo e de Weslian Roriz (PSC), que disputaram o segundo turno. Também foram lançados os nomes de Professor Guinle (PSTU) para vice e Aldemário (PSol), para o Senado. A candidata do PSol à presidência, Luciana Genro, iria à convenção local, mas seu voo atrasou.

O PDT reuniu cerca de mil pessoas à tarde, na sede nacional do partido, no Setor de Autarquias Federais Sul (SAFS), para aclamar Reguffe como o nome ao Senado e confirmar a aliança com Rollemberg. Candidatos a deputados distrital e federal se revezaram, tentando apresentar suas propostas. “Temos uma nominata significativa”, disse o presidente regional da legenda, Georges Michel. O ex-deputado distrital Peniel Pacheco (PDT) comunicou, em carta, que não concorrerá nas próximas eleições porque vai apoiar a reeleição de Agnelo.

O grande momento da convenção foi a chegada de Reguffe, Rollemberg e do senador Cristovam Buarque (PDT). “Estamos aqui para escrever um novo capítulo e dar um basta em tudo de ruim que está acontecendo em Brasília”, disse Cristovam. “Estamos coroando o nosso acordo”, acrescentou Rollemberg. Reguffe alfinetou o atual governo: “Me dizem que será difícil ganhar com 51 segundos de tempo de tevê, mas prefiro perder do lado certo a ganhar do lado errado. Não sou oportunista”, disse, referindo-se à proposta que teria recebido para compor chapa com PT e PMDB.

Ao contrário do PDT e do PSB, que definiram novo rumo em 2014, o PCdoB, antigo partido do governador Agnelo Queiroz, continua no mesmo campo político das eleições passadas. A convenção regional da legenda confirmou apoio à reeleição do petista e definiu suas nominatas para a Câmara Legislativa e para a Câmara dos Deputados.

O PV também realizou seu encontro e confirmou que o ex-secretário de Meio Ambiente Eduardo Brandão será o principal nome na disputa e concorrerá a deputado federal. O partido vai se coligar com o PT e PMDB.

Fonte: Correio Braziliense

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