Da redação do Conectado ao Poder
PL fará oposição ao presidente eleito que tem, entre as prioridades, realizar o reajuste real do salário mínimo.
Na noite da última terça-feira (8), o presidente eleito Lula (PT) chegou em Brasília para as primeiras agendas na cidade após ter vencido as eleições presidenciais de 2022. O foco do petista na Capital foi tratar sobre o orçamento de 2023 e conseguir mapear ações para que as promessas de campanha sejam cumpridas. Lula tem como prioridade dar continuidade no pagamento mensal do Auxílio Brasil no valor de R$ 600 e realizar o reajuste real do salário mínimo.
O presidente eleito teve diversas reuniões em Brasília, entre elas, com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e também com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
Na transição, o coordenador do processo, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), informou sobre a recriação do Ministério da Cultura e anunciou os primeiros integrantes de alguns grupos, como de economia e de assistência social. O setor econômico fica por conta dos idealizadores do Plano Real, André Lara Resende e Pérsio Arida, do ex-ministro da Fazenda do governo Dilma, Nelson Barbosa, e do professor de economia Guilherme Mello.
A assistência social tem a senadora Simone Tebet (MDB), que concorreu à presidência, a assistente social e ex-ministra de Desenvolvimento Social de Lula em 2010, Márcia Lopes (PT), a economista Tereza Campello (PT) e o deputado estadual por Minas Gerais André Quintão (PT).
Para compor apoio ao governo Lula, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tem conversado com outros partidos. O presidente do MDB, Baleia Rossi, indicou uma colaboração. “Todos nós temos que trabalhar para que haja cumprimento de compromissos de campanha. No caso atual, a garantia dos R$ 600 para o Bolsa Família e o aumento real do salário mínimo. Da mesma forma, vamos fazer a defesa da reforma tributária, do pacto federativo e da atualização da tabela do SUS. O MDB terá uma ação colaborativa e propositiva, com foco na solução de problemas urgentes”, disse.
O PSD, de Gilberto Kassab, também fará parte do grupo. “Levei o convite para que o PSD integre o governo de transição e o Conselho Político”, comentou Gleisi. Kassab afirma que dará apoio e voto de confiança ao governo Lula. O PL, que terá em 2023 as maiores bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado, fará oposição e convidou Bolsonaro (PL) para ser presidente de honra do partido, de acordo com o presidente Valdemar Costa Neto.