Da redação do Conectado ao Poder
Universidade de Brasília reserva 2% das vagas em todos os cursos para pessoas transgênero, somando-se a outras 11 federais que adotaram políticas de inclusão de gênero
A Universidade de Brasília (UnB) aprovou a criação de cotas específicas para pessoas trans a partir do vestibular de 2025. A decisão, tomada em assembleia pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), reserva 2% das vagas de todos os cursos de graduação, com o objetivo de promover maior inclusão e equidade para esse grupo.
Com a medida, a UnB se junta a outras 11 universidades federais que já adotaram políticas semelhantes, buscando ampliar o acesso de grupos marginalizados ao ensino superior. Segundo Enrique Huelva, vice-reitor da UnB, a reserva de vagas beneficiará não apenas pessoas trans, mas também aquelas que se identificam como não binárias, ajudando a garantir um ambiente acadêmico mais diverso e inclusivo.
A reitora Márcia Abrahão destacou que essa ação é mais um passo importante rumo a uma universidade mais democrática. “Estamos reafirmando nosso compromisso com a equidade e o respeito às diferenças”, afirmou. A UnB já foi pioneira na implementação de cotas raciais e, agora, com a política voltada à comunidade trans, consolida seu papel de liderança em ações afirmativas no Brasil.
Estudantes e movimentos sociais comemoraram a decisão, organizando manifestações de apoio durante a assembleia. Para muitos, a medida é um avanço crucial para enfrentar a exclusão histórica vivida por pessoas trans e garantir melhores condições de acesso ao ensino superior.