Waldir Maranhão trabalha para PP ter candidato e enfraquecer Rosso

2570_12072016225002Presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) entrou em ação para tentar minar a candidatura do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), o favorito para sucedê-lo no comando da Casa e que tem como principal apoiador o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A estratégia de Maranhão é convencer seu partido a lançar um nome para concorrer ao posto. O PP compõe o chamado “centrão”, bloco formado por legendas de média e pequena expressão e que, em sua maioria, votará em Rosso.

Tanto o PP quanto o PSD são do “centrão”, então caso o PP não lançasse candidato próprio, a tendência seria que boa parte da bancada votasse em Rosso.

Na avaliação de deputados do PP, Maranhão vê nessa possibilidade um trunfo para desidratar a base eleitoral do deputado do PSD e, com isso, beneficiar Rodrigo Maia (DEM-RJ), o candidato preferido do presidente interino.

Para eles, o plano ficou claro durante a reunião da bancada PP na manhã desta terça-feira. Acompanhado de Eduardo da Fonte, outro cabo eleitoral de Rodrigo Maia, o interino defendeu junto ao líder do partido, Aguinaldo Ribeiro (PB), a candidatura do correligionário Esperidião Amin (PP-SC).

A articulação do interino e da Fonte irritou parte da bancada, inclusive Aguinaldo Ribeiro. Essa ala duvida que Maranhão vote em Amin -o voto para a presidência da Câmara é secreto. Até o momento, dois deputados do PP registraram candidatura: Fausto Pinato (SP) e o próprio Amin.

“O movimento do Maranhão e do seu grupo foi muito estranho hoje. Eles nunca mais foram às reuniões do partido e, hoje, apareceram de uma forma oportunista. Estamos querendo expulsá-lo do partido e não a sua articulação”, disparou Jerônimo Goergen (PP-RS).

CUNHA

A tentativa de esvaziar o nome de Rogério Rosso tende a azedar ainda mais o clima entre Waldir Maranhão e Eduardo Cunha. No dia em que renunciou à presidência da Câmara, o deputado do PMDB do Rio de Janeiro ridicularizou o interino.

“É notório que esta Casa está acéfala, fruto de uma interinidade bizarra, que não condiz com o que o país espera de um novo tempo”, afirmou Cunha em seu discurso, referindo-se a Maranhão.

Fonte: Fato Online

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