Apesar de a suspeita de Magela e Rafael estarem ligados ao esquema, nenhum dos dois foi incomodado pelas autoridades do DF durante a operação “Terra Prometida”, deflagrada pela Decap em 30 de setembro de 2015.
Na época, dois servidores da Codhab e um terceiro envolvido foram presos temporariamente, suspeitos de cobrar propina entre R$ 5 mil e R$ 20 mil para a liberação de lotes dos programas Pró-DF e Morar Bem, ambos do GDF. Segundo as apurações, as vítimas pagavam valores para os servidores com a promessa de que o lote não seria tomado. O inquérito da Decap conta com uma série de recibos que teriam sido entregues mediante os repasses fraudulentos.
De acordo com as investigações, os criminosos atuavam como despachantes. A partir de informações privilegiadas e ligações com alguns políticos – supostamente Geraldo Magela – eles prometiam regularização de lotes e inserção nos programas do Pró-DF, mais especificamente no Polo JK, em Santa Maria, e em lotes destinados ao Morar Bem, no Riacho Fundo.
Quando a investigação da Polícia Civil esbarrou na suposta prática de crimes contra a União, a apuração foi encaminhada à PF e deu origem à Operação Clã.
Magela nega
Na quinta-feira (2), após passar mais de seis horas prestando depoimento à Polícia Federal, Geraldo Magela publicou uma mensagem em sua página pessoal no Facebook negando ter desempenhando “papel preponderante” na elaboração de aditivos suspeitos.
Segundo a assessoria de imprensa do ex-secretário, que assina a peça publicada na rede social, as suspeitas não estão em conformidade com a realidade. “Todas as ações empreendidas pelo ex-Secretário Magela e pela equipe da Sedhab foram no sentido de moralizar o projeto. São absurdas quaisquer conclusões em sentido diferente deste”, disse.
Fonte: Metrópoles