Agnelo é um cara de sorte

arruda roriz agnelo reguffeO oposição está fragmentada. Seja de direita, centro ou esquerda. A vaidade fala mais alto. E era esperado isso. Sorte do governador Agnelo Queiroz (PT). Quem apostava na união de candidatos em chapas, dançou.

Quando mais candidatos ao Palácio do Buriti, maiores as chances de Agnelo estar num segundo turno. A falta de acordo entre opositores vai dividir o eleitorado. Além de haver repetição de discursos entre os candidatos.

A direita vem de José Roberto Arruda (PR) ao governo, com Liliane Roriz (PRTB) de vice e Gim Argello (PTB ao Senado. É uma chapa anunciada, mas não consolidada. Arruda pode ter que desistir a qualquer momento. A justiça vem sofrendo pressões para acelerar os processos contra o ex-governador.

Arruda não terá vida fácil. Se conseguir, será sub judice. Se ganhar, teremos um terceiro turno nos tribunais. A política de Brasília vem sofrendo muita turbulência desde a deflagração da Caixa de Pandora. O que se precisa hoje é de calmaria para que as instituições possam voltam a normalidade.

Arruda é o plano A da direita. O plano B responde por vários nomes. Vai desde a própria Liliane Roriz, passando pelos deputados Luiz Pitiman e Izalci Lucas. Temos ainda o Plano Z, com Jofran Frejat (PR). Ironicamente é ao mesmo tempo a última e a melhor opção da direita.

Uma coisa é certa, dessa turma sai um nome que irá unir os grupos de Arruda e do ex-governador Joaquim Roriz.

Na esquerda e centro esquerda a chapa que uniria o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), o deputado federal José Antônio Reguffe (PDT) e a deputada distrital Eliana Pedrosa (PPS) rachou. Eliana pulou fora.

Sem acordo, Eliana vem construindo uma nova opção. Deve atrair o Solidariedade do deputado federal Augusto Carvalho e o DEM, do ex-deputado federal Alberto Fraga. Também abriu conversas com o PSDB. Sonha em ser o palanque do presidenciável tucano Aécio Neves em Brasília.

Eliana vai dar uma guinada à direita. Vai atras dos votos de Arruda e Roriz. A disputa vai ser dentro de um mesmo eleitorado, o de baixa renda e de classe média. Melhor para Agnelo, que também tem seus votos nesse campo, principalmente com a distribuição de geladeiras e casas do Morar Bem.

Rodrigo Rollemberg desistiu de um acordo com Eliana. Vai buscar uma nova composição em sua chapa. Será uma guinada mais à esquerda. Não descarta fazer acordo com partidos de centro. O sonho de consumo é atrair o PSol.

Rollemberg tenta costurar uma chapa tendo como vice a ex-deputada Maria José Maninha (PSol), mulher do ex-candidato ao GDF pelo partido, o Toninho. A chapa teria como candidato ao senado o deputado federal José Antônio Reguffe. No palanque subiriam o presidenciável Eduardo Campos (PSB), a ex-senadora Marina Silva e o senador Cristóvam Buarque (PDT).

Mas se não der certo, Toninho do PSol sairia candidato ao Palácio do Buriti e dividiria os votos da esquerda, do Plano Piloto e bairros próximos. Novamente, melhor para o governador Agnelo Queiroz, que também belisca votos na mesma área.

Ou seja, Agnelo é um cara de sorte. Se em 2010 acabou vencendo as eleições pela quase ausência de candidatos, já que muitos foram abatidos pela Caixa de Pandora e outros problemas relacionados com a Lei da Ficha Limpa, agora se dá o contrário. A grande quantidade de candidatos favorece à reeleição de Agnelo.

A estrategia é leva-lo ao segundo turno e criar um clima de otimismo. Uma vez chegando lá, entra a fase de acordos com os candidatos derrotados ao Executivo e os eleitos ao Legislativo. E acordos envolvem muito mais que promessas. É precisa de instrumentos de sedução. E quem tem caixa e a caneta do governo sai na frente.

Fonte: Blog do Callado

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