Ano político ainda não começou

cldfO governo voltou de férias. Os deputados distritais ainda não. O recesso termina oficialmente em 1º de fevereiro. Trabalho mesmo, efetivamente, só no dia 18 do próximo mês. A razão é que o Carnaval começa mais cedo este ano, no dia 8, sexta-feira. Até lá, a preguiça impera na política.

Somente com o retorno dos distritais é que a política dá as caras. A nova Mesa Diretora da Câmara Legislativa promete melhorar a imagem da Casa. E honrar compromissos. O relacionamento com o Executivo também tende a melhorar. Mantendo-se a independência entre os poderes, é claro.

No Palácio do Buriti o ano começou com mudanças. Sai o secretário de Transparência, Carlos Higino. Ele era um dos melhores quadros do governo. E teve participação importante em momentos de crises, como no depoimento do governador Agnelo Queiroz na CPI do Cachoeira. Foi Higino um dos responsáveis pela preparação de Agnelo antes de enfrentar o Congresso.

Quem chega é o ex-presidente do PT, Raimundo Junior. Ele assumiu essa semana a chefia de gabinete do governador, cargo que tem status de secretário de Estado. Raimundo Júnior foi coordenador da campanha de Agnelo. Só não assumiu uma função do Buriti porque questões jurídicas o impediram, como a Lei da Ficha Limpa.

O novo chefe de gabinete de Agnelo resolveu as pendências na justiça e estava lotado como assessor especial da governadoria desde o ano passado. Sua nomeação atende ao grupo Construindo um Novo Brasil, facção criada em 2012 dentro do PT do Distrito Federal e que vem ocupando cada vez mais espaços no GDF.

Quem perde é a tendência Articulação, que vê seu poder diminuir a cada dia. É uma briga interna que só traz problemas ao governo. A mais pura autofagia petista. Agnelo ainda irá fazer mudanças na administração. Terá a chance de acalmar os descontentes.

Fora do PT, pouca coisa acontece. As oposições ao governo tentam se articular. Vez ou outra se fala da movimentação do ex-governador Joaquim Roriz. Ele estaria preparando o retorno a política, caso a justiça eleitoral assim o permita. O nome Roriz ainda causa calafrios nas hostes petistas. Sabe que um embate com o ex-governador é um páreo duro.

Joaquim Roriz não deve ser candidato. Vai apoiar alguém para disputar com o PT de Agnelo. O nome preferido é o da filha, a deputada Liliane Roriz (PSD). Seria uma candidatura que não se pode desprezar.

Caso haja acordos e alianças, e Liliane vier a ser vice na chapa do senador Rodrigo Rollemberg (PSB), não se deve estranhar a presença de Roriz com o socialista. Em 2010 Rollemberg e Roriz ensaiaram uma aliança. A Caixa de Pandora e a crise política os afastaram e Rollemberg caiu no colo de Agnelo. 2014 será diferente.

Quando o ano político começar de fato, será bem intenso. Balões de ensaios, negociações e arranjos das mais diferentes formas serão projetados. Agnelo larga na frente porque tem a caneta na mão. Quem quer chegar ao Buriti tem que fazer acordos.

Sozinho, sem apoio ou grupo político não tem candidatura que se sustente. Hoje uma dezena de candidatos ao cargo de governador age dessa forma. Agnelo aposta na desarmonia da oposição para atrair o máximo de aliados possíveis. Mas isso só quando 2013 começar.

Fonte: Blog do Callado

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