Da redação do Conectado ao Poder
A redução na previsão do crescimento econômico é influenciada por fatores internacionais e a política monetária restritiva do país.
O Banco Central revisou sua previsão de crescimento do PIB para 2026, projetando um avanço de 1,5%. Esta estimativa, divulgada em um relatório de política monetária na última quinta-feira, é superior àquela apresentada em junho, mas permanece abaixo das expectativas do governo e do mercado financeiro.
A expectativa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva é de que o PIB cresça 2,4% no próximo ano, enquanto o mercado financeiro aposta em um aumento de 1,8%, conforme dados do boletim Focus. A revisão do Banco Central, que também ajustou a previsão de crescimento para 2025, passando de 2,1% para 2%, ocorre em um cenário de incertezas econômicas.
A redução nas projeções foi atribuída a fatores como a moderação da atividade econômica observada no terceiro trimestre de 2025 e os efeitos das tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros. O BC indicou que “mantém-se a expectativa de continuidade da moderação da atividade econômica ao longo do segundo semestre de 2025”.
No que diz respeito à política monetária, a previsão do Banco Central reflete a intenção de manter a taxa Selic elevada, atualmente em 15% ao ano, como forma de garantir a convergência da inflação à meta. Esta decisão foi reiterada na última reunião do Comitê de Política Monetária, reforçando a perspectiva de um cenário econômico desafiador para os próximos anos.
