Da redação do Conectado ao Poder
Governador de Goiás aponta fragilidade na segurança pública e se opõe à centralização do combate ao crime organizado
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reagiu ao assassinato do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, morto em uma área federal no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Caiado usou as redes sociais para responsabilizar o governo federal pela segurança no local e apontou falhas na atuação contra facções criminosas, que, segundo ele, continuam avançando no país.
Caiado também criticou a proposta do governo federal para a criação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), que centralizaria o combate ao crime organizado. O governador classificou a medida como uma “afronta” à autonomia dos estados, afirmando que a unificação comprometeria a atuação de forças locais contra o crime. “Não é preciso uma PEC para acabar com a polícia estadual e concentrar o poder em Brasília”, declarou.
O governador ainda apontou que a criação do SUSP é uma forma de enfraquecer o papel dos estados na segurança pública e defendeu que é preciso investir nas polícias estaduais para um combate mais eficiente ao crime organizado. Para ele, essa centralização proposta pelo governo federal não resolverá a questão da violência, mas poderá agravar a situação.
O crime em Guarulhos, segundo Caiado, é um exemplo das lacunas na segurança pública nacional, que, em sua opinião, precisa de uma ação direta e descentralizada para enfrentar o avanço das facções.