Caso Marielle Franco: O Brasil não é para amadores e é preciso ter muito estomâgo

Por Luciano Lima

Estava aqui “pensando com meus botões” sobre o triste assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, que no próximo dia 14 de março completa 6 anos. Uma tragédia que chocou e deixou assutado o Brasil inteiro.

Desde então, a sociedade, e especialmente os movimentos e partidos de esquerda, não deixou de lembrar dos assassinatos e celebrar a memória da ex-vereadora do PSOL, o que sempre foi totalmente compreensível. Tanta comoção rendeu a Anielle Franco, irmã de Marielle, o cargo de Ministra da Igualdade Racial do Governo Lula.

CASO MARIELLE ERA PRIORIDADE
O Governo Lula, em especial o então ministro da Justiça Flávio Dino, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), sempre reiterou que a solução do Caso Marielle Franco era uma prioridade e uma questão de honra para o governo. E tinham toda razão. O caso está praticamente solucionado.

DELATOR, DELATADO E MOTIVAÇÃO
O acusado de assassinar Marielle Franco e Anderson Gomes, o ex-PM Ronnie Lessa, delatou Domingos Brazão, ex-MDB e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, como sendo um dos mandantes do crime. Ou seja, Brazão, que já figurava entre os suspeitos desde de 2019, é um (ex-)aliado das esquerdas. Já foi inclusive acusado de obstruir as investigações.

A possível motivação do assassinato seriam fortes divergências com Marcelo Freixo, ex-deputado estadual eleito pelo PSOL e atualmente presidente da Embratur.

Em 2008, Domingos Brazão foi citado no relatório final da CPI das Milícias, que era presidida por Freixo e que foi fundamental para a deflagração da Operação Cadeia Velha, realizada pela Polícia Federal em novembro de 2017, apenas cinco meses antes do assassinato da vereadora. É importante lembrar que Marielle Franco trabalhava no gabinete do então deputado estadual Marcelo Freixo na época da CPI.

ALÍVIO E SENSAÇÃO DE DEVER CUMPRIDO COM O CASO PRATICAMENTE SOLUCIONADO?
Com tantas informações de fontes ligadas ao site INTERCEPT BRASIL, o mesmo site que incansavelmente trabalhou para destruir a imagem da Operação Lava Jato, imaginei que o assunto Marielle Franco e Anderson Gomes estaria finalmente resolvido. Não era bem assim!

Houve uma histeria principalmente da militância das esquerdas. “Como assim, não foi Bolsonaro?”, “Que merda saber que não foi o Bolsonaro”, “E agora, não foi Bolsonaro, o que vai acontecer?” e “Tenho certeza que o Bolsonaro é o segundo mandante” foram algumas da “pérolas” lidas nas redes sociais e nos grupos de Whatsapp.

Juro que fiquei chocado. Que país é este? De minha parte, foi quase esquizofrênico entender que o menos importante em toda essa tragédia era a vida da Marielle Franco e do Anderson Gomes. O mais importante era tentar manter a retórica sem escrúpulos e a mentira que rendia dúvidas e dividendos. As esquerdas escancararam para todo o país a sua verdadeira face e os maiores interessados no caso se silenciavam.

E assim “caminha a humanidade brasileira”. De “cortina de fumaça” em “cortina de fumaça” vai se construindo uma nação. Ou seria correto dizer destruindo?

A CPMI do dia 8, o caso da masturbação do Padre Júlio Lancelotti, as acusações feitas contra o deputado Carlos Jordy, o assassinato da vereadora Marielle Franco, a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, a guerra entre Rússia e Ucrânia e a tentativa de controlar a imprensa e as redes sociais estão mostrando para todo o Brasil que a verdade está em segundo plano. O Governo Lula só tem olhos para uma pauta: Jair Messias Bolsonaro.

O nosso Brasil definitivamente não é para amadores e precisamos ter muito estômago. Somos uma nação doente. Rezar (ou orar) é o único remédio neste momento!

*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista

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