![Atlético-GO Corinthians Brasileirão](https://i0.wp.com/media.torcedores.com/wp-content/uploads/2024/06/atletico-go_corinthians_brasileirao-312x171.jpg?resize=312%2C171&ssl=1)
Atlético-GO e Corinthians empataram em 2 a 2 nesta terça-feira (11). (Créditos: Ingryd Oliveira / Atlético Clube Goianiens)
É óbvio que o que mais importa para o torcedor do Corinthians numa semana que começou recheada de polêmicas extracampo são os três pontos. Eles não vieram contra o organizado Atlético-GO de Jair Ventura (que merece mais crédito por parte da imprensa), mas a partida deixou pontos positivos e um fio de esperança.
Isso porque o escrete comandado por António Oliveira conseguiu ser competitivo e criou problemas para o Dragão mesmo depois da justa (e tola) expulsão de Gustavo Henrique ainda na primeira etapa.
O Timão ainda está muito longe daquilo que seu torcedor quer e do potencial que nomes como Yuri Alberto, Raniele, Wesley, Igor Coronado e Rodrigo Garro possuem. Porém, não deixa de ser uma maneira de se observar o copo “meio cheio” num momento tão conturbado.
Ao mesmo tempo, o empate desta terça-feira (11) não deixa de ser um balde de água fria nos jogadores. Abrir dois a zero em cima do Atlético-GO no Estádio Antônio Accioly com um jogador a menos e sofrer o empate é realmente frustrante. Mesmo assim, a atuação do Corinthians deixou pontos positivos.
Vantagem do Timão, expulsão de Gustavo Henrique e “ônibus estacionado”
O técnico António Oliveira voltou a apostar no 4-3-3/4-1-4-1 com Igor Coronado e Wesley pelos lados, Breno Bidon e Rodrigo Garro mais por dentro, e Yuri Alberto no comando de ataque. Do outro lado, Jair Ventura mantinha o Atlético-GO jogando no seu 4-2-3-1 costumeiro com Shaylon e Luiz Fernando pelas pontas, Rhaldney e Baralhas muito participativos no meio-campo e Emiliano Rodríguez na referência ofensiva. E o cenário estava mais favorável ao Dragão.
![Formações iniciais de Atlético-GO e Corinthians](https://i0.wp.com/media.torcedores.com/wp-content/uploads/2024/06/atletico-go_corinthians_001-590x363.png?resize=590%2C363&ssl=1)
Com a torcida empurrando dentro do Estádio Antônio Accioly, o Atlético-GO mantinha a bola no ataque e criava boas tramas com as subidas de Maguinho e Guilherme Romão no corredor aberto pelos pontas.
No entanto, a estratégia do Corinthians estava clara: atrair a marcação adversária e abrir espaços para Yuri Alberto invadir a área adversária. Exatamente como aconteceu aos catorze minutos, com o lançamento de Cacá e a movimentação de Garro arrastando a marcação.
![Início do lance do primeiro gol do Corinthians](https://i0.wp.com/media.torcedores.com/wp-content/uploads/2024/06/print001_acg_cor-590x332.jpg?resize=590%2C332&ssl=1)
A expulsão de Gustavo Henrique por conta de um segundo cartão amarelo infantil deixou o cenário ainda mais favorável ao Atlético-GO, embora o Corinthians não tenha se intimidado.
António Oliveira só recompôs o setor defensivo depois dos dez minutos da segunda etapa, com a entrada de Caetano no lugar de Igor Coronado. O Timão não mudou seu estilo de jogo. Manteve as linhas de marcação mais baixas e apostou nos contra-ataques com Wesley pela esquerda.
É interessante notar que, mesmo com um jogador a menos, o Corinthians conseguiu ser competitivo e criar problemas para seu adversário. Toda a jogada do segundo gol do Timão (e o segundo de Yuri Alberto no jogo) mostram bem isso.
A virada de jogo para Rodrigo Garro às costas de Guilherme Romão e a entrada do camisa nove corintiano entrando na área livre de marcação nos mostram que a equipe de António Oliveira estava sim ligada nos espaços que seu adversário concedia.
![Lance do segundo gol do Corinthians](https://i0.wp.com/media.torcedores.com/wp-content/uploads/2024/06/print002_acg_cor-590x332.jpg?resize=590%2C332&ssl=1)
Com dois gols de vantagem no placar e um homem a menos em campo, era mais do que natural que o Corinthians fosse baixar suas linhas de marcação. Primeiro para dosar o fôlego dos jogadores e depois para tentar aproveitar algum espaço às costas da defesa do Dragão.
Porém, mesmo com o “ônibus estacionado” na frente da área do goleiro Carlos Miguel, o Timão acabou tropeçando nos próprios erros. A começar pelo gol contra de Cacá (que vinha bem no jogo).
![Corinthians "estacionando o ônibus" na frente da área](https://i0.wp.com/media.torcedores.com/wp-content/uploads/2024/06/print003_acg_cor-590x332.jpg?resize=590%2C332&ssl=1)
Notem que até mesmo Yuri Alberto recuou para ser uma espécie de “assistente de lateral” pelo lado direito. António Oliveira, por sua vez, foi reforçando a entrada da sua área com Fausto Vera no lugar de Yuri Alberto e apostando na juventude de Giovane para puxar os contra-ataques.
No entanto, depois de tanto insistir, o Atlético-GO foi premiado com o gol do empate, marcado por Shaylon em penalidade de Hugo em cima de Max já nos acréscimos da partida em Goiânia.
É verdade que o torcedor corintiano ficou com um certo gosto amargo depois de ver seu time sofrer o empate do Atlético-GO já nos acréscimos. No entanto, é possível tirar coisas boas do jogo do Corinthians desta terça-feira (11).
A primeira delas é o entendimento entre Rodrigo Garro (que vai fazer muita falta contra o São Paulo), Igor Coronado e Matheuzinho pelo lado direito. Os três se movimentaram bastante e criaram problemas para Guilherme Romão e Alix Vinicius.
Vale também destacar a melhora no desempenho de Yuri Alberto. O camisa nove corintiano marcou dois gols de raro oportunismo, se movimentou bastante e ainda ajudou na defesa.
Raniele segue sendo um leão na proteção da zaga e Breno Bidon vem fazendo bons jogos. Há qualidade no time do Corinthians, mas os resultados precisam aparecer.
É óbvio que o clima quente dos bastidores e a situação financeira cada vez mais caótica do clube respingam no campo. Isso é inevitável. E a campanha ruim do Corinthians nesse Brasileirão não deixa de ser um dos efeitos dessa crise.
Por outro lado, há como se ter esperanças para os próximos jogos, já que a equipe mostrou que pode sim ser competitiva e bater de frente com seus adversários dentro de campo. O Timão tem suas qualidades e elas precisam aparecer. E ela precisa aparecer.