Dia do Motociclista: alto número de acidentes pede conscientização de todos

Pronto-Socorro do Hospital IOP, em Palmas-TO, alerta para ocorrências envolvendo motos. Confira dicas de primeiros socorros

Foto: Freepik

Criado com o intuito de conscientizar sobre o respeito e a harmonia no trânsito, o Dia do Motociclismo, celebrado em 27 de julho, chama a atenção para alguns fatos alarmantes acerca da população sobre duas rodas no estado do Tocantins. E, ainda, traz à lembrança a importância de saber como proceder em caso de acidente motociclístico. Para isso, o gerente do Hospital IOP, em Palmas, Caio Girotto, aborda dicas valiosas.

De acordo com dados deste ano do Departamento Estadual de Trânsito do Tocantins (Detran-TO), a frota do estado possui 395 mil motocicletas e motonetas registradas. Mas o que acende a luz de alerta é que o número de mortes de motociclistas em acidentes de trânsito no ano passado foi 99,2% superior ao número de registros de óbitos de motoristas de carros, de acordo com levantamento do próprio órgão.

Para Caio Girotto, a situação é grave. “Sabemos que, devido à estrutura da moto, o motociclista está sim muito mais exposto a incidentes do que os motoristas, mas a sociedade deve ter ciência da gravidade dessas estatísticas”, aponta. “Independentemente de ser ou não motociclista, todos devemos nos engajar e cuidar desses irmãos, filhos, pais que utilizam uma moto para se deslocar”, conclama.

O gestor fala ainda da rotina no Pronto-Socorro do IOP. “Nossa unidade de Pronto-Socorro foi inaugurada recentemente, então não temos ainda números fechados. Mas é perceptível que, por aqui, o número de atendimentos a motociclistas acidentados é muito grande, bem acima de quaisquer outras ocorrências”, destacou. “É claro que estamos aqui para isso, e o fazemos com todo o esmero. Mas não podemos deixar de registrar nosso respeito e preocupação com a vida, com a integridade física dessa vultosa parcela da população”, enfatizou.

Segundo outras estimativas, o número de veículos em circulação no Tocantins está dividido em 50% de motociclos, que incluem todos os automotores de duas rodas, incluídos os ciclomotores, motonetas e motocicletas; 30% de automóveis, 9% de caminhonetes, 6% de veículos pesados (caminhões, ônibus e microônibus) e 3% de reboques e semi-reboques. Ainda, 1% de veículos como triciclos, quadriciclos e caminhões tratores.

Girotto destaca a importância desse percentual. “Simplesmente metade dos condutores do Tocantins estão sobre duas rodas, então é fundamental o cuidado de todos, motociclistas, motoristas, pedestres”, finalizou Caio Girotto.

A seguir, confira dicas voltadas aos primeiros socorros em caso de acidentes envolvendo ciclomotores.

Para o motociclista e o carona
Fique calmo e verifique se há dor intensa, sangramento ou se você consegue se mover sem dor.
Certifique-se de que está seguro para se levantar ou permanecer onde está.
Se estiver no meio da estrada, mova-se para um local seguro, longe do tráfego.

Sinalize e peça ajuda.
Acione os serviços de emergência se houver necessidade médica.
Somente retire o capacete se tiver certeza de que não há lesões graves no pescoço ou cabeça. Caso contrário, espere por ajuda profissional.

Se estiver em condições de fazê-lo, e se a moto não estiver em uma posição perigosa, desligue a ignição para evitar riscos de incêndio ou outros perigos.

Para quem está ajudando
Antes de se aproximar, verifique se o local do acidente é seguro para você. Sinalize o local com pisca-alerta ou use sinalizadores para alertar outros motoristas.

Só mova o motociclista ou o carona se houver um perigo imediato (como risco de incêndio). Movimentos bruscos podem agravar lesões na coluna ou pescoço.

Fale com os envolvidos para mantê-los calmos. Pergunte sobre dores ou lesões e preste atenção a sinais de choque.
Acione o número de emergência (como 190, 192, 193) e forneça informações precisas sobre o local e o estado das vítimas.

Se você tiver treinamento, aplique primeiros socorros básicos enquanto aguarda a chegada dos profissionais. Isso pode incluir controle de sangramento, estabilização de membros fraturados ou manutenção das vias aéreas desobstruídas.

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