A turma do distrital Cláudio Abrantes, que formalizou ontem seu ingresso no PT, sabe que tem uma luta difícil pela frente. O quociente eleitoral do PT exige mais votos para uma vaga na Câmara Legislativa. Que o diga seu atual líder, Chico Vigilante: na legislatura passada ficou entre os 12 mais votados e, mesmo assim, não se elegeu. Com a votação que teve em 2010, Cláudio Abrantes também ficaria fora.
Amaury Pessoa, ex-presidente do PPS brasiliense e hoje chefe de gabinete de Abrantes, admite que o desafio é grande. Mas acha que dá para enfrentar. Nas eleições de 2006, concorrendo como o Cristo da Via Sacra de Planaltina, Abrantes teve 4 mil votos. Amargou uma suplência, mas chegou a assumir por breve tempo. Seu grupo político fixou como meta, para a eleição seguinte, triplicar a votação. Conseguiu. Abrantes elegeu-se. Agora, precisa duplicar a performance. No mínimo.
Abrantes conta com o registro histórico de que o PT sempre fez entre quatro e seis deputados distritais. Com seu ingresso, a bancada chega a seis. Está dentro da média. Abrantes calcula ainda que dois dos atuais distritais — Patrício e Wasny de Roure — não disputarão a reeleição. Wasny não esconde que pretende uma cadeira no Tribunal de Contas do Distrito Federal e Patrício quer disputar a Câmara dos Deputados. Além deles, a atual líder do Governo, Arlete Sampaio, tem dito que não pretende concorrer.
O caminho natural para Cláudio Abrantes seria ampliar sua base eleitoral, hoje concentrada em Planaltina, para outras cidades da saída Norte. Lá, o principal celeiro de votos é Sobradinho, que antes elegia o hoje conselheiro Paulo Tadeu. O irmão de Paulo Tadeu, Ricardo Vale, seria o herdeiro natural desse eleitorado. Mesmo assim, a equipe de Abrantes acha que conseguirá estender a base.
Fonte: Coluna do alto da torre