Da redação do Conectado ao Poder
O deputado foi notificado pelo STF sobre a denúncia contra ele e Paulo Figueiredo, também implicado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu um prazo de 15 dias para que o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo apresentem suas defesas após serem denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por coação no curso do processo judicial. A decisão foi tomada nesta terça-feira, 23, e marca um importante desdobramento na investigação que envolve supostas ameaças feitas por eles a autoridades durante um processo judicial.
De acordo com a denúncia, Eduardo e Figueiredo teriam utilizado a coação, prática que envolve violência ou ameaça, para favorecer interesses pessoais ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O procurador Paulo Gonet afirmou que as ações do deputado e do blogueiro tinham como objetivo pressionar autoridades e interferir no andamento do processo, o que configuraria um crime grave.
As denúncias foram embasadas em declarações públicas das figuras citadas e dados coletados a partir de celulares que foram apreendidos em operações autorizadas pelo STF. Gonet destacou que a gravidade das ameaças consistia na tentativa de minimizar a atuação das autoridades judiciárias e de outros poderes, utilizando como forma de pressão a possibilidade de sanções por partes de autoridades norte-americanas.
“Ameaçavam as autoridades judiciárias e de outros Poderes com a promessa de que conseguiriam de autoridades norte-americanas sanções dispostas para dificultar e arruinar suas vidas civis, mesmo no Brasil”, explicou Gonet, evidenciando a gravidade da situação. A PGR não apenas requisitou uma resposta às acusações, mas também pediu reparação pelos danos decorrentes de ações que considera serem criminosas.
Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo estão nos Estados Unidos, onde estão articulando com o governo Donald Trump ações que podem ser interpretadas como represálias à condenação do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado. Essa movimentação tem gerado uma série de debates sobre a legalidade e a moralidade das ações desses indivíduos.










