Ordem de serviço que dará início ao asfaltamento da região deve ser assinada dentro de 20 dias.
Um problema que há muito tempo assombra os moradores de Vicente Pires parece estar com os dias contados. De acordo com o vice- governador e administrador regional, Renato Santana, nos próximos 20 dias, o governador Rodrigo Rollemberg comparecerá à cidade para assinar a ordem de serviço que dará início às obras de asfaltamento. Vicente Pires completou ontem seis anos como região administrativa.
Segundo o vice-governador, as obras iniciarão no Trecho 3, próximo à área do Jóquei Clube, avançando posteriomente para áreas maiores e dois viadutos darão acesso à Estrutural. Na última sexta- feira, houve uma reunião com os órgãos envolvidos no processo de licenciamento e foi pedido prioridade para Vicente Pires, pois apenas um trecho se encontra licenciado para as obras e os outros ainda estariam em processo.
“Estamos no fim do período de chuvas e teremos de quatro a cinco meses de seca. A ideia é dar celeridade e aproveitar esse período para dar andamento às obras”, afirma.
Fruto da ocupação desordenada, por meio do parcelamento de chácaras, a cidade nasceu sem planejamento, mas se encontra consolidada e caminha para a regularização. Contudo, moradores sofrem frequentemente com os buracos causados pelas chuvas e pela falta de conservação por parte do poder público.
Dificuldades
Apesar dos problemas de infraestrutura, a enfermeira Maria Lúcia da Silva, 59 anos, moradora da cidade há 16 anos, diz que já começaram a tapar alguns desses buracos e se mostra esperançosa com a possibilidade de asfaltamento da região: “Já era hora. Sofremos há muito tempo com esse problema e não há razões para continuarmos assim. Quando chove, a lama que acumula suja tudo. É um sofrimento e espero que tenha fim”.
Regularização segue em andamento
A respeito da regularização de Vicente Pires, o vice-governador Renato Santana afirma que, em reunião com os órgãos envolvidos no processo, foram feitas tentativas de acordo com a Terracap e a Secretaria de Patrimônio da União, que estariam sendo analisadas.
“Apesar da dinâmica complexa, a parte de regularização fundiária não impedirá o avanço das obras”, garante. Outras providências serão estudadas, como a rede de esgoto e a iluminação pública.
Enquanto isso, a população espera que, ao menos, a mobilidade na região melhore. Para o estudante Tiago Henrique de Amorim, 16 anos, os problemas no asfalto acontecem o ano todo. “Quando chove, é lama e cratera por todo lado. Na seca, a poeira é intensa. Além disso, os carros quebram sempre nos buracos”, relata.
Francisco Aguiar, 69 anos, dono de um comércio, afirma que, caso o projeto saia do papel, trará melhorias significativas para a cidade. “Em época chuvosa, as águas invadem casas e comércios, nos deixando ilhados. Ninguém fez nada até hoje. Tem muita gente que deixa de vir aqui por conta dos buracos, mas acredito que o fluxo aumentará caso façam as obras”, conclui.
Fonte: jornaldebrasilia.com.br