Uma empresa apontada como laranja em um esquema de desvio de recursos no patrocínio do Corinthians voltou ao centro das atenções, agora por inadimplência com o Bradesco.
A Neoway Soluções Integradas em Serviços está sendo processada por não pagar um empréstimo de R$ 238 mil, valor que, com juros, já ultrapassa R$ 300 mil.
O contrato foi firmado em janeiro de 2024, antes da empresa ser citada nas investigações sobre o patrocínio milionário que abalou os bastidores do clube.
De acordo com o processo judicial, a empresa Neoway firmou um contrato de capital de giro com o Bradesco, comprometendo-se a quitar o valor em 48 parcelas mensais de R$ 9.924,90. No entanto, os pagamentos foram interrompidos em agosto de 2024, o que levou o banco a antecipar o vencimento total da dívida.
Diante da inadimplência, o Bradesco acionou a Justiça para que a Neoway apresente bens que possam ser penhorados, sob risco de sanções previstas no Código de Processo Civil. O banco também solicita a produção de provas e o depoimento da empresa executada no processo.
A ação judicial aprofunda as dúvidas sobre a saúde financeira da Neoway, que já vinha sendo mencionada em investigações relacionadas a pagamentos suspeitos de empresas ligadas ao patrocínio do Corinthians.
O caso fortalece a tese de que o contrato com a empresa do setor de apostas esportivas — que envolveu valores milionários e contribuiu para a crise interna no clube — pode representar apenas uma fração de um esquema mais amplo.
O CORI (Conselho Deliberativo do Corinthians) deve votar na próxima segunda-feira (26/5) o impeachment do presidente Augusto Melo, diretamente ligado ao escândalo envolvendo a ex-patrocinadora.
A reportagem do portal LeoDias procurou tanto o Bradesco quanto a Neoway, mas até o fechamento desta matéria, não houve retorno. O espaço permanece aberto para manifestações.
