Por Sandro Gianelli
O presidente do PSD-DF, deputado federal Rogério Rosso, concedeu entrevista para a Associação dos Blogueiros de Política do Distrito Federal e Entorno (ABBP). O encontro foi realizado na Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF). Rosso fez uma avaliação em relação ao envolvimento do PSD com o governo Rollemberg e falou das eleições de 2018. A Coluna On´s e Off´s trouxe um resumo das declarações.
Eleição 2014
“Entendo que mesmo numa eleição a aliança não deve ser pragmática, tem que ser programática.”
Excluído
“Fizemos essa aliança (PSB, PSD, PDT e Solidariedade) e no primeiro dia após o segundo turno, que se iniciou as questões relativas a transição, o PSD não foi chamado, e nem nós nos convidamos, pode até ser uma falha nossa, mas o PSD não vai aonde não é convidado.”
Fora da transição
“O PSD não participou de nenhuma reunião de transição, de nenhuma priorização de etapas do governo Rodrigo Rollemberg naquele início.”
Cidades
“No final de dezembro fizemos uma sugestão para o Rollemberg, depois dele ter levantado os dados da transição, nós sugerimos que ele criasse ou uma coordenadoria ou uma secretaria das cidades. Foi a única sugestão que nós demos e ela não foi aceita naquele momento pelo governador.”
Governo fechado
“Nós passamos a entender a forma do governo Rollemberg de trabalhar, que foi uma forma fechada.”
Decisões equivocadas
“Ele (Rollemberg) não compartilhou problemas, desafios ou soluções, tomava decisões, que eu diria inclusive erradas, decisões equivocadas, que eu jamais teria tomado, se ele tivesse me consultado ou consultado nosso partido.”
Sem parceria
“Para ter rompimento tem que ter relacionamento, eu diria que o PSD nunca teve um relacionamento como parceiro de governo, do governo Rollemberg.”
Sobram motivos
“Fiz uma pergunta para o senador Rodrigo Rollemberg em 2013: quais foram os motivos que o levaram a romper com o Agnelo. Os motivos que ele me disse, o PSD teve nos primeiros dias de governo.”
Responsabilidade
“Diferentemente de um partido que está na base, que tem condições de romper, o PSD tem que ter muita responsabilidade nas nossas decisões. Essa antecipação, dessa movimentação, visando cargos no ano que vem é natural, tendo em vista que o próprio governo Rollemberg não está bem avaliado.”
Rompimento
“Nos próximos dias o PSD vai se reunir e a decisão vai ser no campo da executiva do partido. Sou o presidente do partido, mas a decisão será do grupo. A executiva tomará uma decisão muito em breve e não tem meio termo, ou vamos continuar no governo, ou o Renato Santana vai continuar sendo vice, mas com transparência, ele vai avisar o governador Rodrigo Rollemberg que o PSD entende que a sua plataforma de gestão, a sua forma de fazer gestão, as suas ações, além de não serem sintonizadas com nosso partido, nós temos outras prioridades para o DF.”
Será?
“O Renato é vice até o último dia do mandato, mas quem disse que o Renato não pode ser candidato a governador? E se o partido entender que o Renato pode ser candidato a governador?”
Eleições 2018
“Nossa prioridade agora não é fazer reunião para saber para onde o partido vai, mas o PSD deverá pleitear uma vaga majoritária.”
Administrações regionais
“Entendo que essa proposta (eleição de administrador) do Rodrigo Rollemberg, que nem foi adiante, ela deveria ser precedida por uma autonomia financeira. Eu diria que hoje é ilegítimo, que um morador (de região administrativa) tenha todos os impostos que ele paga, recolhidos para o caixa central.”
Independência financeira
“Entendemos que parte desse dinheiro que a população paga, deve ficar na sua cidade para que um conselho dessa cidade, formado por empresários e a comunidade decidam para onde vai ficar esse recurso.”
Perda da autonomia
“Mais um governo atrapalhado e nós temos chances de perder a autonomia do Distrito Federal, não é um, não são dois, são vários parlamentares, de outros estados, que entendem que os constituintes erraram em dar autonomia para o DF. Essa discussão é muito séria, principalmente em momentos de crise econômica.”
Capital de todos
“Proteger o Distrito Federal é proteger o Brasil. Tenho trabalhado com outros deputados de outras bancadas, do Brasil todo, para que entendam que Brasília é a Capital de todos eles e não uma unidade da Federação que compete com a deles.”
Liderança
“Fui líder do PSD na Câmara dos Deputados durante dois anos. Tive uma missão bastante difícil que foi presidir a Comissão do Impeachment, naquele momento a economia estava num momento bastante difícil. Além do crime de responsabilidade o Brasil estava num momento crítico do ponto de vista econômico.”
Destaque
“Vários institutos me consideraram um dos parlamentares mais influentes do Congresso. Não me considero influente. Sou novato, nunca tinha sido parlamentar. Só me considero um porta voz dos legítimos segmentos do DF.”
Reforma Trabalhista
“Votei favorável a Reforma Trabalhista, por convicção, entendo que ela não gera desemprego, ela reduz o peso sobre as empresas, o que de certa forma a consequência é a geração de emprego.”
Terceirização
“Votei pela regulamentação da terceirização do setor privado, mas absolutamente, por cautela, contra a terceirização das atividades fins do setor público.”
* A Coluna é escrita por Sandro Gianelli e publicada de segunda a sexta no Blog do Sandro Gianelli, no Jornal Alô Brasília e no Portal Alô Brasília.