Da redação do Conectado ao Poder
Internação de Lula gera debate sobre sua candidatura e expõe desafios da esquerda brasileira pós-Lula
A internação e os recentes procedimentos médicos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva despertaram questionamentos sobre sua condição física e a possibilidade de disputar a reeleição em 2026. Em reportagem publicada nesta semana, o jornal britânico Financial Times comparou Lula a Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, de 82 anos, e a Donald Trump, de 78 anos, destacando como a idade e a saúde têm sido fatores determinantes em suas trajetórias políticas.
Apesar de Lula ter afirmado que só decidirá sobre sua candidatura próximo ao pleito, aliados garantem que o presidente será candidato. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, reforçou que não há um “plano B” no partido. No entanto, o Financial Times ressalta que o cenário futuro da esquerda brasileira ainda depende de nomes capazes de suceder Lula, citando os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Camilo Santana (Educação) como possíveis lideranças.
O jornal também menciona que a especulação sobre a saúde do presidente reflete não apenas preocupações políticas, mas econômicas. Em um momento delicado para o governo, investidores demonstram apreensão com as finanças públicas, enquanto o ministro Haddad busca conter o déficit fiscal. O esforço, entretanto, gera tensões dentro do próprio PT, que vê com resistência medidas de austeridade.
Lula, que recebeu alta após duas cirurgias, afirmou que está pronto para retornar ao trabalho e destacou seu compromisso com a responsabilidade fiscal. Em entrevista, criticou a elevada taxa de juros e assegurou que a economia brasileira será fortalecida sob sua gestão. Apesar dos desafios, aliados apostam que Lula será capaz de conduzir o país até o fim do mandato e enfrentar mais uma disputa presidencial.