Da redação do Conectado ao Poder
O ex-presidente Jair Bolsonaro poderá cumprir pena de mais de 27 anos de prisão após condenação do STF.
O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou o processo contra Jair Bolsonaro, determinando que o ex-presidente deve cumprir uma pena de 27 anos e três meses de prisão por sua participação na tentativa de golpe de Estado. A decisão foi formalizada na última sexta-feira, 25 de novembro.
A condenação de Bolsonaro ocorreu em 11 de setembro, quando a Corte considerou que ele havia comandado a trama golpista ao lado de aliados e membros das Forças Armadas. O cumprimento da pena deve ser em regime fechado, uma vez que a pena ultrapassa oito anos.
A defesa de Bolsonaro argumenta problemas de saúde e idade avançada, já que ele tem 70 anos, e solicita que a pena seja cumprida em regime domiciliar. Antes de ser preso preventivamente na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde agosto por descumprir medidas cautelares.
No último dia 22, a prisão preventiva foi determinada após o ex-presidente tentar violar a tornozeleira eletrônica, alegando que sua ação foi motivada por “paranoia” e “alucinações” decorrentes de medicamentos psiquiátricos que estava tomando.
Além de Bolsonaro, outras figuras envolvidas na trama golpista também foram condenadas. Alexandre Ramagem e Anderson Torres, por exemplo, também devem enfrentar as consequências da decisão do STF. Ramagem, que deixou o país após ser condenado, é considerado foragido.
A lista de condenados inclui ainda figuras como o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e outros generais, todos ligados à mesma causa penal que resultou na condenação de Bolsonaro.
As penas variam entre 2 e 27 anos, mostrando a gravidade das ações que levaram à condenação desses indivíduos e o impacto legal resultante de suas atividades.
A confirmação do trânsito em julgado da ação penal contra Bolsonaro representa um ponto importante nos desdobramentos legais e políticos no Brasil, reforçando a resposta judicial a tentativas de desestabilizar a democracia nacional.
