Novo plano prevê fundo de R$ 3 bilhões à frente do Parque Capital Digital

unnamedO Parque Tecnológico Capital Digital e sua meta de virar um aglomerado industrial de tecnologia da informação vai ganhar uma nova abordagem este ano, ou assim promete a administração de Rodrigo Rollemberg, o quinto governador da capital federal a se entusiasmar com a ideia.

Desta vez, a base do empreendimento será um fundo de investimentos construído pelo Banco de Brasília (BRB), tendo como lastro o próprio terreno destinado ao Parque Tecnológico – cerca de 1 milhão de metros quadrados a poucos metros da residência oficial da Granja do Torto – estimado em R$ 1,07 bilhão pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal, Terracap.

“Será formatado pelo BRB um grande fundo de investimentos onde a Terracap entrará nesse com o terreno, que vai lastrear o fundo, e investidores nacionais e internacionais poderão participar para bancar a operação do parque”, resume o subsecretário de Ciência e Tecnologia do DF, Marcelo Aguiar.

A ideia, porém, é que a participação privada seja majoritária. “Estamos imaginando um fundo com capacidade financeira de cerca de R$ 3 bilhões. Claro que não será de uma vez só, até porque a implantação do parque será por etapas. Mas, ao final do processo, o Parque ficará em torno de R$ 3 bilhões”, diz Aguiar. Falta definir como esses investidores entrarão no fundo, ou mesmo se haverá um valor mínimo – o GDF diz querer espaço para pequenos e médios.

A expectativa do governo da capital é que essa engenharia financeira esteja pronta em três meses, de forma a ser apresentada oficialmente durante o WCIT, o Congresso mundial de tecnologia da informação que acontece entre os dias 3 e 5 de outubro, em Brasília. Esta será a primeira vez que o WCIT acontece no Brasil e na América do Sul. Segundo o BRB, o trâmite para a criação do fundo de investimentos deve levar 90 dias.

Segundo Marcelo Aguiar, o modelo escolhido pelo governo não inclui venda de lotes no Parque. “O fundo de investimentos vai designar ou contratar uma empresa para ser a gestora do parque, que vai gerenciar os investimentos em infraestrutura, em mobilidade, em cabeamento de fibras ópticas, telefones, energia, uma praça de alimentação, a construção de alguns edifícios iniciais”, explica.

“Depois de construído tudo isso, a empresa interessada vai alugar um espaço equivalente à necessidade dela. Se forem 1 mil metros quadrados, ou 40 metros quadrados, isso vai depender da necessidade de cada uma. É daí que o fundo vai tirar seu rendimento, no aluguel e no condomínio desse parque. Vai ser um negócio privado”, completa.

Embrapa

O novo desenho do Parque Tecnológico, porém, criou algumas rusgas entre o governo do DF e as empresas de TI da capital. É que o GDF resolveu ampliar o conceito do espaço para a área de biotecnologia, em parte para aproveitar a produção científica local no setor, mas também por ter atraído o interesse da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária em lá se instalar.

“Somos contrários ao desvirtuamento do Parque Tecnológico e estamos conversando. Mas o novo secretário e a Terracap estão conosco e houve mudanças importantes que recolocaram o projeto nos trilhos”, diz o presidente do sindicato das indústrias de informação do DF, Sinfor, Ricardo Caldas.

Segundo Marcelo Aguiar, foram superados alguns mal entendidos. “A Embrapa não será gestora, coordenadora ou mesmo ‘âncora’ do Parque. É que ela está montando uma empresa de softwares aplicados à tecnologia, a Embrapatec e demonstrou interesse”, diz ele. Assistam a entrevista exclusiva com o subsecretário de Ciência e Tecnologia do DF, Marcelo Aguiar.

Fonte: convergenciadigital.uol.com.br

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