A Cúpula do Futuro, que começa neste domingo, reúne líderes globais para adotar o Pacto para o Futuro, após intensas negociações internacionais. O evento antecede os Debates Gerais da 79ª Sessão da Assembleia Geral da ONU.
A abertura será com a apresentação da cantora Renée Fleming, seguida pelos discursos do secretário-geral da ONU, António Guterres, e do presidente da Assembleia Geral, Philemon Yang. Representantes da juventude, o presidente da Alemanha, Olaf Sholz, e da Namíbia, Nangolo Mbumba, também discursarão.
Esforços para responder aos desafios e oportunidades
O evento também busca consenso para o Pacto Digital Global e a Declaração sobre Gerações Futuras.
Em paralelo às intervenções de representantes dos Estados-membros na Assembleia Geral, o evento terá quatro diálogos interativos.
As sessões debatem governança global, fortalecimento do multilateralismo para paz e segurança internacionais, inclusão digital e sobre o sistema global para gerações futuras.
Com os encontros, a Cúpula tem o objetivo de acelerar os esforços para cumprir compromissos internacionais existentes e tomar medidas concretas para responder aos desafios e oportunidades emergentes.
Reposicionamento para o futuro
Nas semanas que antecederam o evento, o secretário-geral das Nações Unidas explicou sua visão para o evento e pediu ambição aos participantes.
Ele avalia que a organização mantém estruturas há quase 80 anos, desde sua criação, e precisa adotar novas perspectivas para responder a questões que não eram emergentes há oito décadas.
Guterres ressaltou que não é possível criar um futuro adequado para as próximas gerações com sistemas pensados para o passado, enfatizando a importância do sucesso da Cúpula.
Reformas nas instituições globais
O secretário-geral acredita que o evento será uma oportunidade de atualizar e reformar as instituições globais, incluindo o Conselho de Segurança e a arquitetura financeira internacional.
O chefe das Nações Unidas também vem pedindo solidariedade global com as gerações futuras, melhor gerenciamento de questões de interesse global e uma ONU atualizada que possa enfrentar os desafios de uma nova era.
Multilateralismo renovado
O subsecretário-geral de políticas e líder da ONU na Cúpula, Guy Ryder, também falou a jornalistas sobre a “agenda ambiciosa” do evento. Ele explicou que o objetivo do encontro é tornar as Nações Unidas mais eficaz no cumprimento de seu mandato.
Ele espera que os resultados tornem a organização mais participativa e conectada. Para Ryder, o mundo está mudando rapidamente e muitas estruturas de governança se mantem como foram feitas durante a criação das Nações Unidas.
O líder da cúpula lembra que, na criação, a ONU tinha 51 Estados-membros e, atualmente, são 193 integrantes e todos estarão reunidos no evento.
Espera-se que mais de 130 chefes de Estado e de governo participem do momento histórico, que será realizado de 22 a 23 de setembro.