Um documento entregue pelo próprio secretário de Saúde do Distrito Federal a um deputado distrital revela a necessidade de mais recursos por conta de cortes feitos à Lei Orçamentária Anual aprovada pela CLDF.
A Saúde do Distrito Federal pode estar à beira de um caos ainda maior. Com um deficit de mais de R$ 912 milhões, a pasta poderá ficar sem recursos para pagamento de servidores e de prestadores de serviços e para compra de remédios ainda neste mês.
Um documento entregue a um deputado distrital, de acordo com este pelo próprio secretário de Saúde do Distrito Federal, Fábio Gondim, apresenta a necessidade de mais recursos por conta de cortes feitos à LOA (Lei Orçamentária Anual), aprovada pela Câmara Legislativa no fim do ano passado. O Fato Online teve acesso a esse documento.
Segundo o documento, a LOA aprovada no fim da legislatura passada sofreu cortes significativos. Com os cortes, os valores para as despesas correntes da secretaria ficaram em apenas R$ 331,7 milhões, o que não será suficiente para que as contas fechem até dezembro. Ainda segundo o documento da Secretaria de Saúde, serão necessários pelo menos mais R$ 373,6 milhões para que o governo cumpra os compromissos assumidos para este ano com a área.
Despesas com pessoal
A situação piora ainda mais quando se trata dos recursos destinados às despesas relativas a pessoal. Os recursos aprovados pela LOA para 2015 são de R$ 363,4 milhões. Entretanto, estudos da secretaria indicam que serão necessários mais de R$ 538,7 milhões, um deficit de mais de R$ 200 milhões. E tem mais: o valor não considera ainda os reajustes aprovados pela mesma Câmara Legislativa ainda no governo Agnelo Queiroz (PT).
Na semana passada, Fábio Gondim esteve com a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), segundo o deputado, para apresentar a situação da Saúde e pedir apoio para a Casa na aprovação de mais recursos para a pasta, que ele assumiu no dia 23 de julho.
CLDF
O problema da saúde do DF, porém, já está na pauta da Câmara Legislativa. Celina Leão se reúne, nesta quarta-feira (5), com deputados para tratar a questão. Por iniciativa da presidente da CLDF, um corpo técnico fará uma análise da situação da saúde e de que medidas poderão ser tomadas para sanar o problema.
Uma situação que poderá ainda ser agravada pela reação dos profissionais do setor. Há uma ameaça de greve de médicos e outros trabalhadores da área a partir de outubro.
Fonte: fatoonline.com.br