A Rede Sustentabilidade, grupo organizado pela ex-senadora Marina Silva, está prestes a se tornar um partido, de fato. E, com as últimas providências para encaminhar as assinaturas que faltam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já se articulam nos estados em “elos”. No DF, são esperados pelo menos dois deputados distritais — Chico Leite (PT) e Joe Valle (PDT) — na sigla, mas até agora ninguém fala nisso oficialmente.
O senador Reguffe (PDT) já foi um dos nomes certos para compor os quadros do partido de Marina, mas, ultimamente, é tido como filiação duvidosa. Apesar de figurar entre os fundadores da Rede, ele diz que, em princípio, permanecerá no PDT.
Chico Leite e Joe Valle não comentaram sobre as prováveis filiações, mesmo com as conversas que já estariam adiantadas. “Tem conversas sendo feitas, mas conversas muito reservadas, porque esse tipo de anúncio só é feito quando a coisa está pronta para acontecer”, admite o secretário de Meio Ambiente do DF, André Lima, que já foi porta-voz da Rede e é um dos principais articuladores da criação do partido na capital federal.
O foco do “elo distrital”, no momento, ele diz, é coletar e encaminhar as assinaturas que faltam para conseguir o registro formal no TSE – no fim de semana, o grupo anunciou que, até o fim de abril, mais de 80 mil assinaturas estarão na Justiça Eleitoral. “A ideia é que, até maio, já tenhamos uma resposta positiva”, acredita Lima.
Expectativa
A expectativa é grande, diz o secretário, para saber quem realmente filiará. Até mesmo dentro da Rede, que ainda não tem certeza de quem estará realmente junto, quando a legenda for, enfim, formalizada. “As pessoas querem uma definição mais clara de quem são as figuras políticas interessadas em vir para a Rede”, conclui.
Assinaturas
Em 2013, Marina Silva e seu grupo político tentaram registrar a Rede, mas foram impedidos pelo TSE, por não terem atingido o número mínimo de assinaturas exigido pela legislação. Faltaram quase 50 mil assinaturas das 492 mil exigidas. Na época, os advogados da Rede tentaram, em vão, que os ministros considerassem as 95 mil assinaturas rejeitadas pelos cartórios eleitorais.
Agora, para garantir, prometem enviar 80 mil assinaturas até o fim do próximo mês.