Rede é registrada, ganha CNPJ e formaliza estatuto

marina-silvaMais um passo foi dado nesta quarta-feira 27 para que o novo partido político de Marina Silva saia do papel; a Rede Sustentabilidade foi registrada em um cartório de Brasília e passa a ter CNPJ e endereço fixo; programa político e estatuto, que preveem apenas candidaturas de pessoas com fichas limpas, também foram registrados, mas deixaram uma brecha para condenados que integrem movimentos sociais; recolhimento de assinaturas e chamamento de filiados segue a todo vapor.

Juliane Sacerdote _Brasília 247 – “Agora é a grande jornada com o recolhimento das 556 mil assinaturas. Se Deus quiser eu vou conseguir”, disse Marina Silva depois de assinar o registro em cartório do novo partido nesta quarta-feira 27.

Em uma sala apertada do cartório localizado no prédio do Venâncio 2000, na área central de Brasília, vários jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos dividiam espaço com 16 membros da Executiva Nacional Provisória da sigla, intitulada Rede Sustentabilidade.

A presidenciável se mostrou contente com a formalização do partido, que passa a ter CNPJ e endereço próprio, iniciando assim, o processo de registro junto à justiça eleitoral. Nesta quarta-feira, também foram registrados o programa de partido e o estatuto, que traz pontos inovadores, como a aceitação apenas de candidatos que não tenham condenações na justiça em segunda instância, semelhante à Lei da Ficha Limpa.

“[Pessoa condenada] não poderá pela lei que temos, nem pela Rede e nem por qualquer outro partido se candidatar”, destacou Marina Silva aos jornalistas.

O estatuto, entretanto, deixa uma brecha para àquelas pessoas que integram movimentos sociais e eventualmente sejam condenadas pela justiça. “Questões específicas serão analisadas caso a caso, de pessoas que tenham seus direitos de mobilização e organização criminalizados como acontecem em alguns casos na defesa dos direitos humanos e na reforma agrária”, destacou aos repórteres.

A Rede Sustentabilidade trouxe outras regras inovadoras, como a que prevê a renúncia ao mandato dos candidatos eleitos que sejam convidados para assumirem cargos no executivo, e a que determina a expulsão de filiados que perderem os direitos políticos por meio de decisões judiciais.

Assinaturas

A ex-senadora lembrou ainda a verdadeira corrida contra o tempo que seus aliados vão enfrentar até outubro, para recolher as 556 mil assinaturas necessárias para ganhar o aval do Tribunal Superior Eleitoral para participar das eleições de 2014. Pela lei, é preciso ter o apoio escrito de um número mínimo de eleitores em pelo menos nove estados do país.

O recolhimento de assinaturas começou no último fim de semana no Distrito Federal, e os filiados se concentraram em abordar os eleitores na Feira do Guará. Moradores de São Paulo e Curitiba também foram convidados a assinar as listas. A mobilização continua usando a internet e as redes sociais como as principais aliadas para conquistar apoiadores.

Fonte: Brasil 247

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