Previsto para ser construído no gramado central do Eixo Monumental, o memorial em homenagem ao ex-presidente gerou muita polêmica.
A retirada dos tapumes do gramado central do Eixo Monumental, ao lado da Praça do Cruzeiro, não encerra a polêmica em torno da construção do memorial em homenagem ao ex-presidente João Goulart.
Na mesma semana em que o espaço reservado para o memorial voltou a ficar livre, a secretária-geral do instituto, Verônica Fialho, reafirma ao Fato Online que o projeto não está nem será abandonado.
“Apenas acatamos uma ordem do governo local, mas o convênio está vigente, e vamos tomar as providências necessárias para que ele se concretize”, sustenta Verônica, acrescentando que os projetos para construção do memorial estão em fase de aprovação pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A polêmica do Memorial Liberdade e Democracia Presidente João Goulart começou em março, quando a colocação de tapumes provocou a ira de arquitetos e urbanistas da cidade e o posicionamento do chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Hélio Doyle, que anunciou a retirada do material.
A 4ª Prourb (Promotoria de Defesa da Ordem Urbanística) questiona a validade do contrato, alegando problemas na transferência da área pública tombada ao Instituto João Goulart, responsável pela obra. Entre os entraves elencados, estaria a falta de uma audiência pública para ouvir a população sobre a ocupação do lote.
Em meio ao imbróglio, o Instituto alegou, inicialmente, não ter funcionários para retirada dos tapumes. Diante da ameaça de demolição pela Agefis (Agência de Fiscalização do DF), o material foi, enfim, recolhido nos últimos dias.
O local havia sido destinado anteriormente à construção do memorial dos Pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira), que combateram na Segunda Guerra Mundial.
Fonte: fatoonline.com.br