Rollemberg pede apoio a petistas na Câmara Legislativa

20160525013826Em almoço com deputados do PT, governador propõe que sejam frequentes os encontros com oposição que chama de ?propositiva?.

Com as dificuldades de se estabelecer uma maioria sólida na Câmara Legislativa, o governador Rodrigo Rollemberg, agora, se aproxima da bancada do PT na Casa. Os oposicionistas Ricardo Vale, Wasny de Roure e Chico Vigilante foram convidados para almoçar na Residência Oficial de Águas Claras, nesta semana, para tratarem das demandas prioritárias do Executivo para este ano.

Rollemberg, que classificou os deputados como “oposição propositiva”, pediu apoio deles para as propostas que deve enviar à Casa. “Vamos apoiar sempre que for uma proposta para melhorar a vida dos brasilienses. Não precisa nem pedir”, afirma Vigilante. Foi isso que o governador ouviu dos parlamentares, que foram unânimes em dizer que votam em favor da cidade e devem contribuir com o governo, como a bancada já vem fazendo.

Foi ideia do PT a transferência de recursos do Iprev, por exemplo, para pagar a folha de pagamento dos servidores. A liderança auxiliou, também, os técnicos do Palácio do Buriti a formatar as propostas encaminhadas à Casa, principalmente no início da gestão de Rollemberg.

Deputados da base – os da confiança do governador – já tinham sido escalados para trabalhar na aproximação com a bancada do PT. A eles, Rollemberg teria dito que o PT é um partido com o qual é possível estabelecer conversas programáticas. A ideia é se reunir sistematicamente com a bancada oposicionista, conforme ele mesmo disse aos deputados no almoço.

Ajuda importante

“O governador sugeriu que pudesse se encontrar mais vezes com a bancada, porque acha importante que ajudemos o governo”, diz Ricardo Vale, que também é secretário-geral do PT-DF.

Rollemberg está preocupado com os problemas que tem enfrentado, conforme Vale, que classificou a conversa de “muito republicana”. Desde o início do governo, o partido tem apoiado o governo, disse o deputado, “naquilo que a gente considera importante”. E tem criticado “as ações que achamos que prejudica a população”, disse Ricardo Vale. “Vamos continuar do mesmo jeito”, garante.

Bancada não está na base, diz líder

O líder do PT, Wasny de Roure, foi ao Palácio do Buriti pelo menos três vezes nas duas últimas semanas. Em uma delas, recebeu telefonema do próprio Rollemberg, que o convidou. Ele avalia que o governador enfrenta um quadro de “política criminalizada e atividade pública contaminada”. Por este motivo, é que tenta se aproximar da oposição.

“Por termos posição política diferenciada, não significa que não estejamos prontos para contribuir com a cidade. O mais importante é que a gente esteja aliado à cidade”, argumenta o petista.

Considerando que base é quem constrói junto o projeto político de governo, Wasny  diz que a bancada petista permanece como oposição. “Queremos ajudar a resolver os problemas do DF”, avisa.

Sem cargos

Participar do governo, conforme o líder petista, não significa que terá disputas por cargos. “Esse assunto não foi nem levantado”, frisa.

Agenda positiva

Rollemberg tem mudado a forma de se relacionar com a Câmara Legislativa – punindo aliados não tão fiéis e valorizando os mais próximos – e de conduzir o mandato. Ultimamente, a agenda dele – a exemplo de ontem, quando lançou o projeto de mobilidade Circula Brasília no Memorial JK – está cheia de compromissos positivos: inaugurações, lançamentos de programas e visitas, principalmente ao Sol Nascente, em Ceilândia, local que Rollemberg adotou no mandato.

Equipe completa

No menu servido na Residência Oficial de Águas Claras, um peixe que agradou não só aos petistas, mas também ao chefe do Executivo, ao secretário adjunto de Assuntos Legislativos, José Flávio de Oliveira, à secretária de Planejamento, Leany Lemos, e ao chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio.

Na Câmara Legislativa, alguns aliados até duvidaram do encontro e cogitaram que a aproximação do governo com o PT teria a ver com uma tentativa de isolar a presidente da Casa, deputada Celina Leão (PPS). “Não precisa disso não”, cravou Vigilante, para quem o convite do governador está  relacionado apenas  à  preocupação dele com a cidade.

 Fonte: Jornal de Brasília

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