Da redação do Conectado ao Poder

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) indicou ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que trocará de partido, ingressando na legenda que acolhe seu padrinho político, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A migração de Tarcísio, que ainda não foi confirmada oficialmente por seus aliados, deve ocorrer após as eleições municipais deste ano. A mudança foi discutida em virtude das negociações do Republicanos para integrar a base do governo Lula no Congresso.
Razões para a mudança de partido
A possibilidade de mudança começou a ser considerada no ano passado, quando o Republicanos iniciou conversas para integrar a base do governo Lula. Nomeações de membros do Republicanos em cargos ministeriais, como Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, intensificaram essas discussões. Tarcísio já havia sinalizado discussões internas sobre o tema, mas permaneceu no Republicanos até agora.
Pedido de Bolsonaro e cenário eleitoral
O ex-presidente Jair Bolsonaro teria feito um pedido direto para que Tarcísio migrasse para o PL, considerando-o um dos principais nomes para a eleição presidencial de 2026. No entanto, Bolsonaro continua sendo a primeira opção de seus aliados, apostando na reversão de sua inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A migração de Tarcísio para o PL deve acontecer apenas após as eleições municipais, onde ele apoiará candidatos de várias legendas que disputarão contra adversários de esquerda.
Consequências para o Republicanos
A saída de Tarcísio pode afetar as alianças políticas do Republicanos, que está em processo de composição com o governo Lula. A relação entre Tarcísio e o Republicanos deve permanecer amigável, mesmo com a ruptura formal. Essa mudança pode abrir caminho para o Republicanos apoiar o governo Lula em questões-chave, como sucessões nas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.