Temer pede comprometimento aos aliados em manifesto

temer-coordenador-08Em sua primeira reunião à frente da articulação política, Michel Temer pediu aos liíderes dos partidos aliados que assinassem documento para apoiar “o esforço pelo equilíbrio e a estabilidade fiscal”

Um dia depois de assumir a articulação política do governo federal com o Legislativo, o vice-presidente da República, Michel Temer, buscou o apoio dos líderes da base aliada e exigiu que todos assinassem um “acordo pelo reequilíbrio macroeconômico para a retomada do crescimento”.

No documento, assinado no início da tarde de hoje (8), no Palácio do Planalto, deputados e senadores se comprometem a apoiar “o esforço pelo equilíbrio e a estabilidade fiscal”. Os primeiros passos para a retomada do crescimento, segundo o acordo, são o reequilíbrio das contas públicas e trazer a inflação para o centro da meta.

Para garantir a continuação do desenvolvimento do país, Temer determinou duas condições aos aliados: apoiar o ajuste fiscal, com eventuais melhorias promovidas pelo Congresso Nacional, e evitar matérias legislativas que impliquem aumento de gastos ou redução de receitas.

“Ontem havíamos pré-ajustado que eu traria um documento para que eles assinassem no sentido de que as medidas do ajuste fiscal patrocinadas pelo governo seriam naturalmente examinadas pelo Congresso Nacional, eventualmente ajustadas pelo Congresso. Portanto, nada que importe despesa ou redução das receitas seria neste momento examinado. Todos assinaram sem problemas e vai dar tudo certo”, contou o vice-presidente.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), elogiou a decisão da presidente Dilma Rousseff de entregar a articulação ao vice-presidente e disse que o manifesto foi “aplaudido” de maneira unânime pelos líderes da base. “A entrada do Temer dá uma outra musculatura e estabiliza a relação do PT com o PMDB”, destacou o deputado.

Guimarães também tripudiou e disse que o movimento do Planalto em indicar o vice-presidente “deixou a oposição tonta”. E completou: “Nós acertamos na mosca”.

Habilidoso, Michel Temer criou um fato político para referendar sua indicação para liderar a reaproximação do governo com o Legislativo. Presidente nacional do PMDB e ex-presidente da Câmara dos Deputados, ele é experiente e conhecido por ser um eficiente interlocutor.

“Nós estamos há três meses do início do governo. O diálogo está muito sólido e eu tenho enfatizado que o Executivo só pode governar se tiver o apoio político e legislativo do Congresso Nacional”, afirmou. Sobre a relação entre PT e PMDB, o vice-presidente disse que a base aliada como um todo “tem de estar reunificada em torno dos projetos do governo.

Mercadante

Questionado sobre o protagonismo do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, nas reuniões da coordenação política, Temer não perdeu tempo e disse que o governo é uma unidade e que, portanto, Mercadante vai participar. “Claro que cada um tem as suas tarefas. Eu, por exemplo, não interferirei nas questões administrativas, mas farei a articulação de natureza política”, avisou.

Pouco antes de deixar o Palácio do Planalto, Michel Temer assegurou que o ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves “seguramente” vai participar do governo. Conforme antecipou o Fato Online, Alves pode assumir o Ministério do Turismo.

Sobre cargos no segundo escalão, Temer afirmou que “o governo não é de um, mas de todos. Todos têm de participar”.

Fonte: Fato Online

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