Workshop discute estratégias para prevenir e controlar doenças transmitidas por vetores

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Nesta quarta-feira (26/06), o superintendente de Recursos Hídricos da Adasa, Gustavo Carneiro, participou de um workshop internacional, organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por meio da Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TDR), sobre abordagens multissetoriais para prevenção e controle de doenças transmitidas por vetores.

De 25 a 28 de junho, o Hotel Hplus Vision Executive, em Brasília, reuniu cientistas de vários continentes e especialistas de diferentes segmentos – como educação, agricultura, mineração e recursos hídricos – para analisar cenários, estudos de caso e discutir desafios e sucessos na implementação de ações contra enfermidades causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos. 

Em 2021, o grupo de pesquisadores, coordenado pela professora Vanessa Cruvinel, da área de epidemiologia no curso de saúde coletiva da UnB e do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias da Saúde, encaminhou uma proposta para esse projeto de abordagem multissetorial da OMS – o TDR com o objetivo de correlacionar a transmissão dos vírus da Zika, Chikungunya e dengue com fatores entomológicos e socioeconômicos da região. Entre os fatores analisados estão a coleta seletiva de lixo e a qualidade da água consumida pela população local.

A partir de dados secundários dos últimos 10 anos referente às águas subterrâneas do DF, fornecidos pela Adasa, e das análises de qualidade de água das residências de duas áreas da Estrutural – uma com e outra sem saneamento – realizadas em parceria com a Embrapa, a pesquisa revelou que a área sem cobertura de saneamento apresentava piores condições, com maior presença de entulho, esgoto a céu aberto e maior vulnerabilidade a doenças transmitidas pela água. Além disso, a densidade populacional de Aedes Aegypti foi maior nessa região, com 87% dos 1.266 mosquitos capturados ao longo de 11 meses.

“Parece até que antecipamos esse aumento exacerbado do número de casos de dengue que aconteceu no início deste ano. Agora, estamos com dois artigos prontos para serem publicados. A OMS gostou tanto do nosso trabalho que decidiu dar continuidade ao projeto”, concluiu a professora.

O evento então teve como objetivo discutir os resultados da primeira fase do projeto multidisciplinar “Zika, Dengue e Chikungunya: abordagem multissetorial para o desenvolvimento de soluções aplicáveis em saúde pública” para analisar as condições de saneamento e da densidade populacional do mosquito Aedes aegypti e realizar atividades de educação em saúde com a população local.

Gustavo Carneiro participou da sessão especial de atividades relacionadas com o programa WASH (Water, Sanitation and Hygiene) da UNICEF. Junto com o ex-coordenador da Unidade de Água, Saneamento, Higiene e Saúde da OMS, Robert Bos, o superintendente da Adasa discutiu possíveis relações entre as políticas de gestão de recursos hídricos e saneamento básico e as políticas de controle de doenças transmissíveis por vetores. 

“Foi muito produtivo dialogar com um setor com o qual não trabalhamos no dia-a-dia, mas com quem enfrentamos desafios conjuntos, relacionados com saneamento e com saúde pública, e que têm sido agravados por problemas comuns como crescimento populacional e mudanças climáticas”, concluiu o superintendente.

O workshop internacional organizado pela OMS e TDR sobre abordagens multissetoriais para prevenção e controle de doenças transmitidas por vetores destacou a importância de uma atuação multissetorial integrada para enfrentar esse desafio global de saúde pública.

Ao unir esforços e compartilhar conhecimentos, diferentes setores podem contribuir para soluções mais efetivas no controle de doenças transmitidas por vetores, com impactos positivos na saúde pública e na qualidade de vida da população. E a participação da Adasa evidenciou a relevância da gestão de recursos hídricos e saneamento básico nesse contexto.

Fonte: Adasa-DF

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