Da redação do Conectado ao Poder
Crianças de até cinco anos estão entre os mais afetados pela influenza A, que exige atenção e vacinação.

Cresce a preocupação com o aumento de casos de gripe entre crianças no Distrito Federal, sobretudo no grupo de até cinco anos. De janeiro a junho de 2025, o Hospital Regional de Santa Maria registrou mais de mil notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave, com 60% das ocorrências envolvendo crianças. Este cenário alarmante é impulsionado pela influenza do tipo A, considerada a mais agressiva e que pode levar a complicações graves.
Recém-internado na unidade, o pequeno Henry Miguel, de apenas 3 anos, foi diagnosticado com pneumonia após persistentes sintomas gripais como febre alta, que não cedia com medicação. Sua mãe, Brenda, descreveu a angustiante jornada de busca por atendimento médico: “O médico solicitou exames e constatou pneumonia, iniciando o tratamento intravenoso.” O pediatra Tiago Moisés dos Santos, especialista da equipe do hospital, aponta que a recuperação pode levar de sete a dez dias, mas sintomas como tosse e cansaço podem persistir por semanas.
Os dados em comparação com o mesmo período do ano passado são preocupantes. Em 2024, foram 446 casos, evidenciando um crescimento de 147%. A maioria dos exames laboratoriais confirmou a presença da influenza A, que, segundo o médico, traz sérios riscos à saúde, especialmente para crianças menores de dois anos, que podem apresentar quadros ainda mais graves, especialmente se houver comorbidades.
Os sinais da influenza A incluem febre acima de 38 °C, tosse seca, dor de garganta e sintomas digestivos como diarreia e vômito. O tratamento inicial envolve analgésicos, hidratação e, se necessário, medicamentos antivirais. O pediatra enfatiza a importância do diagnóstico precoce para evitar complicações que podem levar a sequelas. “A gripe pode evoluir para pneumonia, e isso é um risco sério,” alerta Tiago.
Para prevenir a propagação da doença, é crucial que a população adote medidas simples como lavar as mãos regularmente, usar álcool em gel e evitar contato próximo com pessoas gripadas. A vacinação é a principal defesa e deve ser uma prioridade, já que a vacina está disponível nas unidades de saúde. O conselho é que toda a família esteja com a imunização em dia.