No WhatsApp do Correio, leitores apontam o Plano Piloto como a região com mais lixo nas ruas, seguido de Sobradinho e Ceilândia. Segundo o SLU, o Guará é a que demanda limpeza mais frequente.
O brasiliense reclama insistentemente do asseio da capital federal. Com razão. Ruas e praças se tornam alvo constante do descarte incorreto do lixo. Nas últimas semanas, o Correio recebeu centenas de flagrantes pelo WhatsApp (9256-3846).
Nenhuma das 31 regiões administrativas ficou fora do mapa da sujeira. Porém, 37% das reclamações dos leitores são referentes às asas Norte e Sul e aos lagos Norte e Sul. Na sequência, aparecem Sobradinho, com 13%, Ceilândia e Guará, com 8% cada. De acordo com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a RA mais suja é o Guará, seguida de Ceilândia, São Sebastião, Planaltina e Recanto das Emas. Por dia, os garis recolhem 2,7 mil toneladas de lixo no Distrito Federal.
O problema revela a falta de consciência ambiental. Qualquer item que não sirva mais é colocado indiscriminadamente na rua. Hoje, segundo informações da Agência de Fiscalização, são 897 locais críticos — nos quais o GDF faz a limpeza, mas voltam a ser pontos irregulares de descarte. Desafio que enfatiza a falta de políticas públicas e a atitude do brasiliense. A zona central da cidade, onde estão os principais monumentos turísticos, é apontada como o maior obstáculo da higiene. “Passo por aqui todos os dias e sempre está sujo. Esse é o reflexo da educação das pessoas, que não se incomodam em jogar o copo de suco, o guardanapo do pastel ou o espeto do churrasquinho no chão. Até parece que não interfere na vida de todos nós”, reclama a secretária Ivone Cristina Fernandes, 36 anos.
“A limpeza é precária, quase não existe. O serviço do governo já não é bom, e os moradores não colaboram. Meus vizinhos, por exemplo, não respeitam o horário da coleta”, conta Regiane Maria Martins, 45, servidora pública. Moradora da 707 Sul há seis anos, ela diz que o asseio do local piorou nesse período. “Antes, víamos mais garis limpando as ruas; agora, não mais. E isso incentiva algumas pessoas que não têm tanta consciência”, afirma.
Fonte: Correio Braziliense