Por Sandro Gianelli
Eleição difícil
As eleições de 2018 não serão fáceis em função dos resquícios da crise financeira que o país vive desde 2014. Além da crise econômica, tivemos a crises política e ética que provocaram na população altos índices de rejeição em relação a classe política. O que gerou uma nova postura política da população.
O cenário atual é de grandes dificuldades principalmente para políticos com mandato. O eleitor está muito indignado, por isso, é necessário construir um novo diálogo com a população. Parlamentares com mandato precisam mostrar o que fizeram para a população. A receita para essa campanha será o olho no olho.
Olho no olho 2
Quem não olhar no olho do eleitor terá dificuldades no pleito eleitoral. A vida das pessoas ficou muito difícil. Sem emprego para mais de 12 milhões de pessoas. Tarifas públicas nas alturas, aumento na conta da água e de luz, além dos impostos, que refletem no dia a dia e afetam áreas como alimentação e medicamentos.
A cláusula de desempenho fez com que vários partidos foquem suas estratégias na eleição de deputados federais. O percentual mínimo de votos para continuar tendo acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV vai aumentar gradualmente, começando com 1,5% do total dos votos válidos nas eleições de 2018 até chegar a 3% nas eleições de 2030. Os votos válidos exigidos devem ser distribuídos em pelo menos nove estados.
Extinção dos pequenos 1
As pequenas e médias legendas serão as que mais vão sofrer com esta alteração. A estratégia eleitoral para os dirigentes destes partidos será crucial para a sobrevivência das siglas. Quanto maior for a bancada na Câmara dos Deputados, maior serão os benefícios dos partidos.
Extinção dos pequenos 2
Para não serem extintos, vários partidos têm procurado deslocar seus quadros mais competitivos para concorrer à vaga de deputado federal, mesmo aqueles que, se não fosse a nova regra, disputariam cargos do Executivo ou do Senado. Esse quadro atinge mais diretamente as legendas pequenas e médias, que, por terem estrutura menor, terão mais dificuldade para chegar à votação mínima.
Fundo partidário e eleitoral
Com a proibição de doação empresarial o fundo partidário passa a ser a principal verba de manutenção dos partidos. O jeitinho brasileiro criou o fundo eleitoral para compensar a proibição de doações empresariais. Porém, quanto maior for a bancada, maior será a cota que o partido terá direito.
Bancada mínima
Se os partidos não atingirem 1,5% dos votos, terão acesso ao tempo de TV e ao recurso do fundo somente se elegerem ao menos nove deputados de nove estados diferentes. O tamanho mínimo da bancada também aumenta gradualmente: 9 deputados em 2018; 11 em 2022 e 13 em 2026.
Nota de corte
Outra novidade é a nota de corte para a eleição de um candidato. Essa regra valeu em 2016, para vereadores, e agora será aplicada a deputados federais, estaduais e distritais. E tende a tornar a disputa ainda mais difícil. Só serão eleitos aqueles que atingirem ao menos 10% do quociente eleitoral.
Ocupa Jovem
No próximo sábado (28), o Ocupa Jovem chegará em Santa Maria, a partir das 14h no Centro de Ensino Médio 01. O Ocupa Jovem é um evento que une educação, política e renovação. Os movimentos cívicos Agora e Acredito, junto com os alunos dos Institutos Federais de Brasília, irão realizar uma tarde cheia de atividades com o objetivo de ocupar espaços públicos para debater política.
* A Coluna é escrita por Sandro Gianelli e publicada de segunda a sexta no Portal Conectado ao Poder, no Jornal Alô Brasília e no Portal Alô Brasília