Em depoimento a Sérgio Moro, executivo afirma que ex-senador solicitou suborno. Ele é acusado de proteger empreiteiros em CPI em troca de dinheiro.
O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro confirmou, em depoimento ao juiz da Lava-Jato no Paraná, Sérgio Moro, que o ex-senador Gim Argello (ex-PTB-DF) lhe pediu para doar dinheiro á Paróquia São Pedro, em Taguatinga. De acordo com fontes presentes ao depoimento, que acontece na tarde desta terça-feira (13/9) em Curitiba, os valores faziam parte de propina paga ao então vice-presidente da CPI mista da Petrobrás que funcionava no Congresso em 2014.
De acordo com documentos obtidos pela Operação Lava-Jato, a Paróquia recebeu R$ 350 mil da OAS. Gim Argello confirmou a Sérgio Moro que pediu o dinheiro para o executivo. No entanto, negou que se tratasse de suborno para proteger empreiteiros na CPI – acusação a que responde em uma ação penal do Ministério Público.
A OAS também pagou R$ 2,5 milhões ao diretório nacional do PMDB em 2014, sendo R$ 1 milhão oficialmente e R$ 1,5 milhões de caixa 2. No depoimento, Leo Pinheiro disse que fez a doação de caixa 2 ao ministro do TCU Vital do Rego, ex-presidente da CPI mista da Petrobras, e de R$ 1 milhão ao deputado Marco Maia (PT-RS).
Fonte: Correio Braziliense