Enquanto os maiores Institutos Ambientalistas se preocupam com a Amazônia, não que eu seja contra, o Congresso Nacional há tempos que não valoriza o nosso Cerrado, deixando de aprovar a PEC – Projeto de Emenda Constitucional que reconheça o Cerrado com bioma.
O Brasil tem uma dívida conosco cerradenses devido às políticas de expansão na produção agropecuária nacional, principalmente nos governos militares, que desenfreadamente estimulou os produtores nacionais que viessem para o Centro-Oeste, e desmatassem o Cerrado.
Segundo dados da ONG Conservação Internacional, se o desmatamento do Cerrado continuar na velocidade atual, a estimativa é de que ele desapareça até o ano de 2.030, salvo menos de 3% da região que é área de preservação.
Levando em consideração que a área ocupada pelo Cerrado equivale à soma dos países da Inglaterra, França, Espanha, Alemanha e Itália, o caminho para socorrer o Cerrado é interromper o desmatamento entre os agricultores e aproveitar as áreas de plantio usando tecnologias e estimular a produção pecuária através do confinamento, segundo dados oficiais temos condições de aumentar a produção, em até 6x sem desmatar um metro de cerrado se quer, e implantar nas comunidades rurais através da agricultura familiar o Agro extrativismo no Cerrado.
Hoje o mercado nacional e internacional são consumidores do que o Cerrado oferece e a escassez do produto no mercado é um nítido sinal de que a produção dos frutos que o Cerrado nos oferece pode crescer e muito!
Também faltam incentivos dos governos no campo da ciência, pois o cerrado oferece matéria prima para o combate de várias doenças como: o diabetes, hipertensão, colesterol alto, vitiligo, câncer, problemas intestinal e até mesmo para impotência, entre muitas outras enfermidades.
Assim como a região norte valoriza os seus super frutos amazônicos, como: a Castanha, o Açaí, entre outros. Nós cerradenses também temos os nossos super frutos como: o Barú, a Mangaba, a Cagaita, o Jatobá, o Pequi entre outros que não ficam para trás em seus poderes nutricionais.
As secretarias de educação deveriam incluir nos cardápios da merenda escolar iguarias do Cerrado, com o objetivo incentivar os produtores da agricultura familiar na visão da sustentabilidade no Cerrado.
Parlamentares do Distrito Federal, poderiam dar exemplo ao Congresso Nacional e a todos os Estados compreendidos pelo bioma do Cerrado e implantar uma legislação que proteja o bioma do cerrado no território da capital federal.
Por: Fernando Lobão – Presidente do IFL Ambienta